Covid-19. Instituto Ricardo Jorge identificou 150 mutações do coronavírus

por Antena 1

Foto: André Kosters - Lusa

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) encontrou 150 mutações do novo coronavírus desde Wuhan, na China, até Portugal, depois de ter começado a sequenciar o genoma, anunciou esta tarde o presidente da instituição.

Até ao fim da semana, o INSA prevê sequenciar 450 amostras do novo coronavírus em Portugal, sendo que, até ao momento, já foram encontradas "150 mutações do coronavírus", afirmou o presidente do Instituto Ricardo Jorge, Fernando Almeida, durante a conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia em Portugal.

"Desde Wuhan (na China) até Portugal, o genoma já foi alterado 150 vezes", acrescentou o responsável.

O estudo, de âmbito nacional, está a ser liderado pelo INSA, contando com a participação do Instituto Gulbenkian da Ciência e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde.

Segundo Fernando Almeida, a sequenciação do genoma do SARS-CoV-2 permite identificar "a impressão digital deste coronavírus" e perceber se o vírus que saiu de Wuhan "é o mesmo ou se tem outras linhas ou não".

"Este genoma permite também identificar clara e inequivocamente, num determinado doente que foi infetado com coronavírus, toda a sua linha de transmissão e de onde veio essa linha de transmissão", salientou o responsável, realçando que esta ferramenta "é muito importante" face à fase de desconfinamento em que o país entrou.
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