Crescimento das energias renováveis abranda e já não deverá triplicar

A Agência Internacional de Energia prevê que a produção de energias renovávais vai abrandar. Num relatório divulgado, a agência diz que o objetivo de triplicar a produção até 2030 dificilmente vai ser alcançado por causa das políticas na China e nos Estados Unidos.

Gonçalo Costa Martins - Antena 1 /

Foto: Pedro A. Pina - RTP

Washington eliminou incentivos fiscais federais e mudou também regulamentos relacionados com a energia. Este cenário levou a Agência Internacional de Energia (AIE) a prever que os Estados Unidos vão produzir menos 50 por cento de energia renovável.

A Casa Branca já travava um braço de ferro com a AIE, desagradada com as previsões deste organismo. Em julho, o Secretário da Energia, Chris Wright, já deixava a ideia: ou a agência modera o otimismo sobre o futuro com energias renováveis, ou os Estados Unidos batem com a porta e saem da organização.

O relatório anual da AIE, conhecido esta terça-feira, refere também que a China tem alterado os modelos na produção de energia, passando de um modelo de tarifas fixas para um sistema de leilões. Esta é uma situação que pode afetar a rentabilidade, avisa a agência.

Na Europa as previsões melhoraram, mas o pessimismo pesa mais nas contas: a organização prevê mais 4.600 gigawatts até 2030, menos cinco por cento do que esperava no ano passado e sem alcançar a meta de triplicar o aumento, como foi definido no ano passado na COP 28, no Dubai, há dois anos.
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