País
Cronista social assassinado em Nova Iorque
O jornalista e cronista social Carlos Castro foi assassinado sexta-feira à noite, em Nova Iorque. O alegado autor do homicídio, o seu companheiro e modelo de 21 anos, foi detido pela polícia de Nova Iorque num hospital. O suspeito foi depois levado para a unidade psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona Leste de Manhattan, onde é sujeito a observação por tempo indeterminado, informou a polícia.
Luís Pires, antigo jornalista e correspondente da RTP e da SIC em Nova Iorque, era amigo de Carlos Castro e conta o que se terá passado.
A sua filha, amiga do jornalista português tinha combinado um jantar com ele no Hotel Intercontinental, de Nova Iorque. Carlos Castro estava hospedado desde o passado dia 29 de dezembro.
No interior do hotel e no piso térreo, Mónica Pires cruzou-se com Renato Seabra, modelo de 21 anos e companheiro de Carlos Castro.
“Às sete da tarde (de sexta-feira) a minha filha tinha combinado um jantar com o Carlos Castro no Hotel Intercontinental”, em Times Square, em Nova Iorque”, conta Luís Pires.
Mónica Pires, acompanhada pela mãe, ter-se-ão cruzado com Renato Seabra no lobby do hotel. Conta que o jovem assumiu uma atitude muito estranha, parecendo não estar no seu juízo perfeito. Questionado sobre Carlos Castro terá respondido que “o Carlos já não sai mais do Hotel”.
Mónica Pires estranhou a resposta e não tendo conseguido que Carlos Castro lhe atendesse o telemóvel, dirigiu-se à receção e solicitou ao gerente do hotel que verificasse o quarto para tentar saber o que se passaria.
Subindo ao quarto no 34º piso do hotel novaiorquino acompanhada pelo gerente, foi a primeira pessoa a ver o corpo do jornalista. Carlos Castro estava despido, na cama, numa poça de sangue, com graves lesões na cabeça e mutilado sexualmente.
“Um quadro dantesco, Carlos tinha graves lesões na cabeça e foi castrado. Fico horrorizado só de pensar nisso”, esclareceu o pai de Mónica, o jornalista e amigo de Carlos Castro, Luís Pires.
Traumatizada pelo que viu Mónica Pires não deixa de ser uma testemunha importante da tragédia pelo que se encontra a prestar declarações ao Procurador da República de Nova Iorque.
Rapidamente o hotel foi invadido pela polícia de Nova Iorque e o quarto e o corpo estão a ser analisados pelos médicos legistas.
Renato Seabra terá alegadamente assassinado o seu companheiro por uma crise de ciúmes. Após abandonar o hotel terá tentado suicidar-se cortando os pulsos. Foi atendido nas urgências do Roosevelt Hospital onde acabou por ser detido pela polícia.
"Por volta da 11h00 horas (de sexta-feira, em Nova Iorque), o Renato deu entrada no Roosevelt Hospital, com cortes no pulso, pois tinha tentado matar-se", informou Luís Pires.
"O taxista que levou Renato para o hospital também já foi encontrado e a polícia chegou mesmo a atrasar o voo da Continental para Lisboa (na noite de sexta-feira), antevendo uma possível fuga", referiu a mesma fonte.
Carlos Castro e Renato Seabra deslocaram-se a Nova Iorque para passar o ano e aproveitaram a estadia para assistir a algumas peças de teatro e espetáculos. A saída do hotel e regresso a Portugal estaria prevista para este sábado.
Carlos Castro dedicou a vida à escrita e à organização de espetáculos
O jornalista Carlos Castro dedicou a sua vida à escrita e à realização de inúmeros espetáculos.
Nasceu a 05 de outubro de 1945 em Moçamedes, Angola. Desde muito novo interessou-se pela leitura e cedo descobriu a sua vocação para a poesia.
Aos 15 anos partiu para Luanda, onde colaborou em diversos jornais, revistas e rádios.
Em 1973 venceu o festival de Luanda com o poema Feitiço de Tinta. Dois anos depois, chegou a Lisboa e nunca mais parou.
Foi autor, realizador e intérprete de inúmeros espetáculos e tinha colaborações assíduas em várias publicações.
No dia que celebrou 65 anos de vida e 35 de carreira, o cronista social descreveu o seu percurso como "uma longa e feliz caminhada".
Na altura, fez um balanço positivo da sua vida e carreira: "Eu sou uma pessoa muito positiva e acho que não tenho de me queixar de nada, nem da minha vida. Tenho tido tudo aquilo que quero".
A sua filha, amiga do jornalista português tinha combinado um jantar com ele no Hotel Intercontinental, de Nova Iorque. Carlos Castro estava hospedado desde o passado dia 29 de dezembro.
No interior do hotel e no piso térreo, Mónica Pires cruzou-se com Renato Seabra, modelo de 21 anos e companheiro de Carlos Castro.
“Às sete da tarde (de sexta-feira) a minha filha tinha combinado um jantar com o Carlos Castro no Hotel Intercontinental”, em Times Square, em Nova Iorque”, conta Luís Pires.
Mónica Pires, acompanhada pela mãe, ter-se-ão cruzado com Renato Seabra no lobby do hotel. Conta que o jovem assumiu uma atitude muito estranha, parecendo não estar no seu juízo perfeito. Questionado sobre Carlos Castro terá respondido que “o Carlos já não sai mais do Hotel”.
Mónica Pires estranhou a resposta e não tendo conseguido que Carlos Castro lhe atendesse o telemóvel, dirigiu-se à receção e solicitou ao gerente do hotel que verificasse o quarto para tentar saber o que se passaria.
Subindo ao quarto no 34º piso do hotel novaiorquino acompanhada pelo gerente, foi a primeira pessoa a ver o corpo do jornalista. Carlos Castro estava despido, na cama, numa poça de sangue, com graves lesões na cabeça e mutilado sexualmente.
“Um quadro dantesco, Carlos tinha graves lesões na cabeça e foi castrado. Fico horrorizado só de pensar nisso”, esclareceu o pai de Mónica, o jornalista e amigo de Carlos Castro, Luís Pires.
Traumatizada pelo que viu Mónica Pires não deixa de ser uma testemunha importante da tragédia pelo que se encontra a prestar declarações ao Procurador da República de Nova Iorque.
Rapidamente o hotel foi invadido pela polícia de Nova Iorque e o quarto e o corpo estão a ser analisados pelos médicos legistas.
Renato Seabra terá alegadamente assassinado o seu companheiro por uma crise de ciúmes. Após abandonar o hotel terá tentado suicidar-se cortando os pulsos. Foi atendido nas urgências do Roosevelt Hospital onde acabou por ser detido pela polícia.
"Por volta da 11h00 horas (de sexta-feira, em Nova Iorque), o Renato deu entrada no Roosevelt Hospital, com cortes no pulso, pois tinha tentado matar-se", informou Luís Pires.
"O taxista que levou Renato para o hospital também já foi encontrado e a polícia chegou mesmo a atrasar o voo da Continental para Lisboa (na noite de sexta-feira), antevendo uma possível fuga", referiu a mesma fonte.
Carlos Castro e Renato Seabra deslocaram-se a Nova Iorque para passar o ano e aproveitaram a estadia para assistir a algumas peças de teatro e espetáculos. A saída do hotel e regresso a Portugal estaria prevista para este sábado.
Carlos Castro dedicou a vida à escrita e à organização de espetáculos
O jornalista Carlos Castro dedicou a sua vida à escrita e à realização de inúmeros espetáculos.
Nasceu a 05 de outubro de 1945 em Moçamedes, Angola. Desde muito novo interessou-se pela leitura e cedo descobriu a sua vocação para a poesia.
Aos 15 anos partiu para Luanda, onde colaborou em diversos jornais, revistas e rádios.
Em 1973 venceu o festival de Luanda com o poema Feitiço de Tinta. Dois anos depois, chegou a Lisboa e nunca mais parou.
Foi autor, realizador e intérprete de inúmeros espetáculos e tinha colaborações assíduas em várias publicações.
No dia que celebrou 65 anos de vida e 35 de carreira, o cronista social descreveu o seu percurso como "uma longa e feliz caminhada".
Na altura, fez um balanço positivo da sua vida e carreira: "Eu sou uma pessoa muito positiva e acho que não tenho de me queixar de nada, nem da minha vida. Tenho tido tudo aquilo que quero".