Curso exclui mulher. PSP alega que não discrimina ninguém

por Antena 1
A Polícia de Segurança Pública manifesta orgulho por ter sido das primeiras instituições em Portugal a admitir mulheres ao serviço Pedro Nunes - Lusa

A direção nacional da PSP garante que não discrimina positiva ou negativamente mulheres ou homens. É a reação, em comunicado enviado à Antena 1, a uma notícia avançada pelo jornal Correio da Manhã.

A publicação contava que a única mulher no curso para o Corpo de Intervenção, Marisa Pires, campeã nacional e europeia de Muay thai, um desporto de combate, foi afastada sem justificação aparente.

Em comunicado remetido à redação da rádio pública, a Polícia de Segurança Pública manifesta orgulho por ter sido das primeiras instituições em Portugal a admitir mulheres ao serviço, desde 1930, bem como em todos os serviços e unidades, sem qualquer limitação, incluindo a Unidade Especial de Polícia nas suas diferentes componentes operacionais.

A PSP esclarece que as mulheres são parte integrante da instituição, assumindo-se como profissionais em plenitude e igualdade com os homens que prestam serviço na polícia, podendo aceder ao desempenho de todas as funções para as quais se sintam vocacionadas e revelem as competências e requisitos necessários, de resto, à semelhança dos homens.
"Aplicação das regras"

Na mesma nota, a PSP volta a referir que em caso algum discrimina positiva ou negativamente mulheres ou homens sendo os requisitos de acesso às funções especializadas idênticos para homens e mulheres, salvaguardando, necessária e legitimamente, as distinções que se justifiquem.

"Na PSP, as mulheres têm desempenhado desde as mais altas funções de comando e direção, como comandantes de Comando Regional e de Polícia, até Comandantes de Esquadra e de Divisão policiais, bem como funções operacionais de patrulhamento e ordem pública em Equipas de Intervenção e Reação, funções especializadas de investigação criminal, informações policiais, spotters, polícia forense e científica, fiscalização policial, trânsito, segurança pessoal e proteção de testemunhas, segurança de entidades e instalações em países de risco, cinotécnica, entre muitas outras, bem como integrando missões internacionais da ONU e da União Europeia em cenários de risco e/ou conflito", acrescenta o texto.

A direção nacional da PSP finaliza o comunicado referindo-se, uma vez mais, à notícia do Correio da Manhã. A PSP clarifica que "a formanda do 38.º Curso de Ordem Pública, Subcomissária Marisa Pires, foi eliminada deste curso por aplicação das regras de avaliação constantes do regulamento de frequência do mesmo, na sequência de duas avaliações negativas, consecutivas, cujos motivos lhe foram comunicados. As regras aplicadas a esta formanda foram as mesmas aplicadas a outros formandos que frequentaram o mesmo curso e que já ditaram a eliminação de 6 formandos homens, incluindo Oficiais".
Tópicos
pub