Defensores da criação do concelho de Canas de Senhorim manifestam-se hoje em Lisboa

por Agência LUSA

Populares de Canas de Senhorim manifestaram-se junto ao Palácio de Belém, Lisboa, residência do Presidente da Republica, em protesto contra as "tentativas de amedrontamento" para travar a luta pela elevação da freguesia a concelho.

Na sequência de manifestações ocorridas em Novembro e Dezembro, junto à sede da Empresa Nacional de Urânio e na Linha da Beira Alta, foram ouvidos quinta-feira no Tribunal de Nelas e formalmente constituídos arguidos os primeiros dois de 30 activistas identificados pela GNR a pedido do Ministério Público.

Os 30 manifestantes foram notificados para prestar declarações em tribunal por vários processos (nalguns casos por quatro), sabendo-se apenas que sobre os dois ouvidos quinta-feira recaem as acusações de injúrias (em ambos os casos) e agressão (apenas num dos casos) às autoridades.

Por considerarem que se trata de "política do medo, como se fazia antes do 25 de Abril", os populares vão denunciar a situação a Lisboa, justificou o líder do Movimento de Restauração do Concelho de Canas de Senhorim e presidente da Junta de Freguesia local, Luís Pinheiro.

Cerca de 200 pessoas partem de autocarro de Canas de Senhorim cerca das 08:00, prevendo chegar a Lisboa depois das 11:00.

Segundo Luís Pinheiro, num camião seguirá uma caricatura da situação da freguesia, um estrado móvel com três metros de largura por seis de comprimento, onde aparecem a dialogar o Presidente da República, Jorge Sampaio, "em cima de um monte, e o Zé Povinho, que é Canas, com os pés no esgoto".

O líder do movimento frisou que foi desde que Jorge Sampaio afirmou que Canas de Senhorim era um caso de polícia e não um caso político que "os processos começaram a andar em tribunal".

"Vamos ao Palácio de Belém denunciar a situação. Estão- nos a tratar como criminosos. Se quiserem que nos prendam. Já que lá estamos é mais fácil, escusam de dar trabalho ao Ministério Público", ironizou.

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