Os trabalhos no interior do edifício decorrem desde o início do ano, e estava prevista a sua conclusão para quinta-feira, mas a intervenção irá prolongar-se por cerca de mais um mês, explicou a mesma fonte.

"Prosseguem as demolições no interior do edifício. De acordo com os engenheiros responsáveis, o início da demolição da parte exterior do edifício deverá ocorrer em meados de Março", disse.

Segundo a mesma fonte da Estoril-Sol, o processo de esventramento do interior é "complexo e demorado", implicando a retirada das cercaduras das portas e a remoção de equipamentos de cozinha, que podem ser reutilizados, exemplificou.

A demolição do exterior do edifício, com 20 andares, será "convencional", através de um processo "gradual" e "tomando todas as precauções, com o modelo mais seguro do ponto de vista ambiental".

Até ao final de Junho haverá trabalhos complementares de demolição, por exemplo da piscina, e de remoção de detritos para que seja possível usar as antigas fundações no novo edifício a construir no local.

No local será construído um edifício de habitação comércio e serviços de 15 pisos, menos cinco do que o actual, com três torres de vidro ligadas entre sei, concebido pelo arquitecto Gonçalo Byrne.

Segundo disse à Lusa o presidente da Câmara de Cascais, António Capucho (PSD), no início de Outubro o edifício terá um máximo de 150 fogos, numa altura máxima de 51 metros, de acordo com o Plano de Pormenor para a Reestruturação Urbanística dos Terrenos do hotel Estoril Sol.

O autarca de Cascais estimou na altura em dois anos e meio tempo total para a requalificação dos terrenos do hotel.

O Plano de Pormenor, que foi aprovado em Conselho de Ministros dia 04 de Outubro, prevê ainda a redução da área de construção em um terço e a requalificação da área envolvente do Parque Palmela, que aumentará cerca de 20 por cento se aproximará da Avenida Marginal.

Um parque de estacionamento com 375 lugares exclusivos para habitantes, 36 lugares para o comércio e mais 100 lugares para uso público, num total de 511 lugares todos em subsolo, e a construção de um novo túnel de acesso ao Parque Palmela e ao paredão estão também previstos no plano, referiu.

Em substituição do hotel Estoril-Sol, a sociedade proprietária tem de construir dois novos hotéis: um no Monte Estoril, onde se localizam as ruínas do hotel Miramar, que ardeu em 1975, e outro na zona envolvente do Casino Estoril, num total de cerca de 300 camas.