Denúncias de abusos sexuais. Foram afastados dois padres nos Açores e um em Évora
A diocese de Angra suspendeu de funções dois padres que estão a ser investigados por alegados casos de abuso sexual de menores. O anúncio foi feito em comunicado pelo bispo de Angra. Também a arquidiocese de Évora informou que afastou cautelarmente um padre de funções e abriu uma investigação a uma denúncia de alegados abusos de menores pelo sacerdote, na década de 1980, no Seminário Menor da cidade.
“O bispo diocesano já falou com ambos e, em conjunto, acordaram que os sacerdotes em causa ficarão impedidos do exercício público do ministério até ao final do processo de investigação prévia, que já foi iniciado na diocese e de acordo com as normas canónicas. Igualmente seguirá a participação ao Ministério Público”, acrescenta o comunicado.
Armando Esteves Domingues sublinha ainda que “esta decisão não é uma assunção de culpa dos próprios, nem uma condenação por parte do bispo diocesano”, mas sim o cumprimento do que o Papa Francisco tem recomendado como norma e prática da Igreja em matéria de abusos.
Recorde-se que o relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal identificou denúncias relativas a oito casos de alegados abusos ocorridos em sete concelhos dos Açores.
“Estes alegados abusos terão sido cometidos entre 1973 e 2004, por pessoas diferentes”, quatro das quais - três sacerdotes e um leigo - já faleceram.
"Depois da apresentação do relatório pela Comissão Independente, e após três anos de atividade sem qualquer denúncia, já recebeu uma nova denúncia, que envolve um sacerdote de São Miguel já falecido”.
Depois da vergonha e do escândalo, continuou o bispo, "que a revelação da existência de abusos provocaram junto da sociedade, em geral, e dos cristãos em particular, é tempo de ação”.
“A todos os que se sentem feridos, confusos ou perdidos, apelamos a que confiem que tudo se fará para implementar medidas punitivas onde necessário, mas também preventivas e formativas, que contribuam para devolver a confiança e a esperança a todos os cristãos”.
Depois da vergonha e do escândalo, continuou o bispo, "que a revelação da existência de abusos provocaram junto da sociedade, em geral, e dos cristãos em particular, é tempo de ação”.
“A todos os que se sentem feridos, confusos ou perdidos, apelamos a que confiem que tudo se fará para implementar medidas punitivas onde necessário, mas também preventivas e formativas, que contribuam para devolver a confiança e a esperança a todos os cristãos”.
O bispo anuncia, ainda, a disponibilização, através da Comissão Diocesana de Prevenção e Acompanhamento, “de todos os meios para que seja garantido o acompanhamento e tratamento psicológico das vítimas”.
“Esta comissão, agora renovada, composta apenas por leigos, especialistas em várias áreas sociais, terapêuticas e jurídicas continuará a fazer o seu trabalho de forma ainda mais empenhada, garantindo o sigilo que situações desta delicadeza exigem”, continua o comunicado.
“Esta comissão, agora renovada, composta apenas por leigos, especialistas em várias áreas sociais, terapêuticas e jurídicas continuará a fazer o seu trabalho de forma ainda mais empenhada, garantindo o sigilo que situações desta delicadeza exigem”, continua o comunicado.
Padre afastado em diocese de Évora
Em Évora, o padre foi afastado provisoriamente e foi aberta uma investigação a uma denúncia de alegados abusos de menores pelo sacerdote na década de 1980. Os abusos terão acontecido no Seminário Menor da cidade. O anúncio foi feito em comunicado pelo arcebispo Francisco Senra Coelho.
Em Évora, o padre foi afastado provisoriamente e foi aberta uma investigação a uma denúncia de alegados abusos de menores pelo sacerdote na década de 1980. Os abusos terão acontecido no Seminário Menor da cidade. O anúncio foi feito em comunicado pelo arcebispo Francisco Senra Coelho.
A arquidiocese alentejana informa que o arcebispo, Francisco Senra Coelho, recebeu na sexta-feira, da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal dois nomes de sacerdotes diocesanos alegadamente envolvidos em casos de abusos.
“O primeiro deles morreu há alguns anos. O processo considera-se extinto. O segundo nome não trazia nenhuma informação complementar e a investigação efetuada nos arquivos diocesanos não encontrou nenhuma denúncia ou inquirição prévias”, revela o comunicado, acrescentando que o arcebispo “solicitou de seguida à Comissão Independente eventuais dados suplementares que permitissem iniciar a investigação”.
“O primeiro deles morreu há alguns anos. O processo considera-se extinto. O segundo nome não trazia nenhuma informação complementar e a investigação efetuada nos arquivos diocesanos não encontrou nenhuma denúncia ou inquirição prévias”, revela o comunicado, acrescentando que o arcebispo “solicitou de seguida à Comissão Independente eventuais dados suplementares que permitissem iniciar a investigação”.
Na passada sexta-feira, a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal enviou para a diocese de Évora dois nomes de sacerdotes alegadamente envolvidos em casos de abusos.
O primeiro padre indicado já morreu há alguns anos. “Com data de 07 de março, foi recebida informação referente a abusos ocorridos contra rapazes na década de 1980, no Seminário Menor. Perante estes dados, o senhor Arcebispo pediu à Comissão Diocesana de Proteção e Segurança de Menores e Pessoas Vulneráveis para dar início à investigação prévia que seguirá depois para o Dicastério da Doutrina da Fé, em Roma”, informa a nota.
A mesma nota acrescenta que “toda a informação será enviada também para o Ministério Público”.
“Enquanto decorrem as investigações, o prelado eborense decidiu pelo afastamento cautelar do sacerdote do ofício de pároco e de todas as atividades pastorais que incluam contacto com menores, sem prejuízo da sua presunção de inocência”, adianta.
C/Lusa
O primeiro padre indicado já morreu há alguns anos. “Com data de 07 de março, foi recebida informação referente a abusos ocorridos contra rapazes na década de 1980, no Seminário Menor. Perante estes dados, o senhor Arcebispo pediu à Comissão Diocesana de Proteção e Segurança de Menores e Pessoas Vulneráveis para dar início à investigação prévia que seguirá depois para o Dicastério da Doutrina da Fé, em Roma”, informa a nota.
A mesma nota acrescenta que “toda a informação será enviada também para o Ministério Público”.
“Enquanto decorrem as investigações, o prelado eborense decidiu pelo afastamento cautelar do sacerdote do ofício de pároco e de todas as atividades pastorais que incluam contacto com menores, sem prejuízo da sua presunção de inocência”, adianta.
C/Lusa