Considerado um dos piores casos do país em termos de instalações da polícia, a PSP das Caldas abandonou a antiga esquadra onde chovia e o tecto não oferecia condições de segurança.

O efectivo mudou-se para o antigo edifício dos paços do concelho mas como este espaço também era reduzido, os polícias ligados ao trânsito foram colocados em contentores de onde só hoje se mudaram para um rés-do-chão alugado, disse à Agência Lusa o comissário Vieira Freire.

Para resolver em definitivo o problema, foi hoje assinado pelo secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna, Paulo Pereira Coelho, o contrato para a construção do novo edifício, que tem um prazo de execução de 16 meses.

A nova esquadra está orçada em 1.751 mil euros e será construída num terreno cedido pela Câmara com uma área de 2.418 metros quadrados.

"A situação das instalações das Caldas da Rainha era um processo que se arrastava há bastante tempo no Ministério da Administração Interna com prejuízo para a corporação, para os agentes e comandantes pelas condições pouco dignas em que se encontrava", afirmou o secretário de Estado.

"As gentes daqui já desesperavam para ver resolvido este problema e espero que a nova esquadra seja uma realidade dentro dos prazos que estipulámos", adiantou Paulo Pereira Coelho.

Por seu lado, o presidente da Câmara, Fernando Costa, lembrou que "não é possível pedir aos agentes um melhor serviço e maior empenho quando se trabalha em instalações perfeitamente degradadas".

"Há 19 anos, tantos quanto sou presidente de Câmara, que o processo de melhores instalações vem sendo tratado", recordou o autarca, acrescentando que além desta situação seria também necessário aumentar o número de agentes em duas dezenas.

"A cidade quase duplicou em população tendo também duplicado o espaço urbano e a área em que a polícia tem que exercer vigilância (...) e o meu pedido é para que se reforce quanto antes os quadros da PSP local", reforçou Fernando Costa.

Relativamente a este pedido o secretário de Estado respondeu que cabe ao Comando Nacional da PSP gerir o processo e tomar a decisão de aumentar ou não os efectivos das Caldas da Rainha.