O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, explicou à Agência Lusa que o estudo, que recebeu esta semana o parecer favorável do Conselho Presbiteral, é muito importante para a preparação do Sínodo Diocesano (de 2010 a 2015), no sentido de "conhecer a diocese e procurar envolver o maior número possível de pessoas".

O Diocese de Viseu pretende abranger no estudo "pessoas que já foram cristãs, baptizadas, ou, ainda que não o tenham sido, perceber de que maneira se interessam pelos temas da Igreja" católica.

Segundo D. Ilídio Leandro, um dos objectivos é "entender porque é que a igreja não chega a essas pessoas ou deixou de as interessar", nomeadamente se é uma questão "de linguagem, de algum problema ocorrido com a igreja ou porque não querem saber o que a igreja lhes diz".

Por outro lado, "a igreja deve estar em diálogo com o Mundo permanentemente, escutar o que pensam as pessoas que não estão dentro dela".

"Isto não apenas com o objectivo de recuperar estas pessoas, mas de as ouvir, porque têm muita coisa a dar e a ensinar à igreja", acrescentou.

O prelado frisou que se trata "de uma procura de parceiros, de aliados, para todos juntos contribuírem para um Mundo melhor".

De acordo com os últimos censos, cerca de 35 por cento dos habitantes do distrito de Viseu afirmavam-se católicos praticantes, uma percentagem que, segundo D. Ilídio Leandro, é ligeiramente superior à média nacional.

"Mas há um número muito maior de pessoas que procuram os sacramentos", acrescentou.

O estudo sócio-religioso da Diocese de Viseu será coordenado por Carlos Liz, especialista em estudos de mercado e de opinião que já tem trabalhado com religiosos.

D. Ilídio Leandro contou à Lusa que, no ano passado, "religiosos e movimentos da diocese fizeram um trabalho conjunto de entrarem numa dinâmica de anúncio do evangelho às comunidades".

Essa experiência levou a que fosse pensado um trabalho de continuidade, "não tão voltado para as comunidades cristãs, mas mais para quem está de fora", justificou.

O triénio pastoral da Diocese de Viseu tem sido dedicado às várias vertentes da evangelização. O segundo ano, em curso, tem como tema "A Boa Nova é semente que cresce e se torna árvore".

AMF.