Diplomata português será conselheiro na missão europeia em Rafah

O diplomata português Mário Martins será o conselheiro diplomático do general italiano Pietro Pistolese, comandante da missão de assistência às autoridades palestinianas no posto de fronteira de Rafah que contará ainda com cinco GNR portugueses.

Agência LUSA /

Fonte diplomática em Bruxelas disse à Agência Lusa que os primeiros dez a 20 observadores da missão da UE estarão no terreno na sexta-feira, quando a fronteira reabrir, prevendo-se que poucos dias depois passe a ter até 70 elementos.

Mário Martins será responsável pela ligação entre os europeus e as autoridades israelitas e palestinianas e ainda pela política de informação da missão.

O diplomata português esteve anteriormente colocado na embaixada portuguesa em Telavive e actualmente estava na missão portuguesa junto da Autoridade Palestina, em Ramallah.

A missão europeia irá "apoiar" os palestinianos a gerir o fluxo de 500 pessoas por dia no posto fronteiriço de Rafah, na fronteira com o Egipto, que irá reabrir sexta- feira.

Israel e os palestinianos concluíram a 15 de Novembro, graças à mediação da secretária de Estado norte- americana, Condoleezza Rice, um acordo que permite a reabertura do terminal de Rafah, fechado desde a retirada israelita da Faixa de Gaza, em meados de Setembro.

A reabertura do terminal, única saída para o Egipto, ponto de trânsito obrigatório para o estrangeiro, porá fim ao isolamento de 1,3 milhões de palestinianos da Faixa de Gaza.

Os observadores da UE, onde se integram cinco militares da GNR (Guarda Nacional Republicana), vão ser enviados para o terminal para garantir uma fiel aplicação do acordo israelo-palestiniano que permitiu a reabertura.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE aprovaram segunda-feira passada o envio desta missão.

A decisão integra-se nos esforços da UE, principal fonte de ajuda dos palestinianos (280 milhões de euros em 2005), para ter um papel mais importante nos esforços para a criação de um Estado palestiniano.

Os 25 também decidiram enviar, até 01 de Janeiro, uma missão de polícias para formar agentes palestinianos e uma equipa de observadores para as eleições legislativas palestinianas de 25 de Janeiro.

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