Diretor do Programa para a Saúde Mental alerta que faltam medidas para responder à depressão causada pela crise
Foto: Ali Ali/EPA
O diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro Carvalho, acredita que o país não está a reagir da forma mais adequada ao agravamento dos problemas de ansiedade e depressão em contexto de crise. O responsável ressalva que vão ser precisos alguns anos para analisar com rigor os efeitos da crise nas crianças.
Álvaro Carvalho sublinha que, “numa situação de crise emocional decorrente de um fator externo tão grave como o desemprego ou as dificuldades económicas, não são os antidepressivos, nem são as psicoterapias que vão ajudar as pessoas a resolver essa crise emocional”.
Em Portugal há cada vez mais crianças e jovens com problemas de ansiedade ou depressão em contextos familiares afetados pela crise, nos quais se fazem sentir os efeitos do desemprego, da emigração dos pais e do empobrecimento.