Disponível a partir de hoje em Vilamoura aplicação móvel que orienta invisuais

por Lusa

Uma aplicação móvel que orienta invisuais ou pessoas com mobilidade reduzida através de indicações de voz vai estar disponível, a partir de hoje, em Vilamoura, disse à Lusa o diretor-geral da empresa que desenvolveu a aplicação.

Filipe Silva, que fundou e dirige a myEyes, adiantou que a aplicação "Vilamoura Inclusive" é um sistema que permite criar zonas adaptadas a pessoas com problemas de mobilidade ou de visão, através do qual o telemóvel dá indicações ao utilizador, em alta voz, sempre que este passa por um ponto previamente mapeado.

Em declarações à Lusa, no dia em que a aplicação foi oficialmente lançada, em Vilamoura, no concelho de Loulé, aquele responsável esclareceu que o objetivo é "criar zonas em que as pessoas com mobilidade reduzida, incapacidade de visão ou completamente cegas possam deslocar-se com confiança".

Segundo Filipe Silva, a aplicação funciona "como se fossem os olhos da pessoa", com mensagens de voz descritivas que vão sendo debitadas à medida que as pessoas se deslocam, narrando o que está à sua volta, dando orientações e até antevendo eventuais perigos, como a aproximação da estrada, de uma rua inclinada ou de degraus.

A aplicação, que é gratuita e funciona na língua que estiver instalada no telemóvel ou `tablet` do utilizador, tem ainda uma outra funcionalidade: a pessoa pode ativar um botão de pânico e é encaminhada para uma central que funciona 24 horas por dia e que transmite a informação às autoridades de segurança locais.

Segundo Filipe Silva, esta ferramenta tecnológica foi implementada pela primeira vez em Fátima, com o objetivo de auxiliar pessoas com incapacidade visual na deslocação ao Santuário, no ano de 2017, quando o Papa Francisco veio a Portugal.

O objetivo é estender esta solução a mais cidades, embora, no caso de Vilamoura, o trabalho estivesse facilitado, uma vez que "já havia trabalho feito", existindo diversas vias e passeios com piso adaptado a condições de mobilidade reduzida ou baixa visão e marcações para invisuais.

Em Vilamoura, por agora, esta ferramenta pode ser utilizada em várias áreas do espaço público, na marina e nas praias da Marina e da Rocha Baixinha, mas a ideia é depois incluir no projeto "mais entidades que estejam capacitadas para este segmento", como hotéis ou restaurantes, concluiu.

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