Dispositivo de combate em Portalegre aumenta 51 por cento

O Governo anunciou que o dispositivo de combate a incêndios no distrito de Portalegre, em permanência nos quartéis par a lidar com fogos nascentes, vai aumentar 51 por cento nos meses de Julho a Setembro, comparativamente a 2005.

Agência LUSA /

Este aumento foi anunciado durante a cerimónia de apresentação do dispo sitivo distrital de combate a incêndios, com a presença do ministro da Administr ação Interna, António Costa.

De acordo com o plano divulgado pelo ministro, vão estar em permanência nos quartéis, em Portalegre, na fase "Charlie", ou seja de Julho a Setembro, um total 168 bombeiros, apoiados por 37 viaturas, um helicóptero e um aerotanque l igeiro.

Na fase "Bravo", que vai de Maio a Junho, o dispositivo não será reforç ado em relação a 2005, integrando 41 elementos apoiados por nove viaturas e um h elicóptero.

O combate aos incêndios no distrito de Portalegre contará ainda com o a poio de brigadas de sapadores florestais, do Instituto da Conservação da Naturez a (ICN) e do Serviço de Protecção da Natureza da GNR.

Durante a apresentação de hoje, o ministro da Administração Interna rea lçou o facto de, pela primeira vez, o Estado dispor de meios próprios de combate aos incêndios florestais.

Relativamente aos meios de combate alugados, António Costa sublinhou qu e o Estado vai ter contratos plurianuais de 2, 3 e 5 anos.

"Estes contratos assegurarão, não só a manutenção das equipas e da sua experiência acumulada, como também implicam menores custos no aluguer dos meios aéreos", disse.

Outro dos factos realçados pelo governante quanto ao plano nacional de combate aos fogos para este ano, comparativamente com o de 2005, é o aumento em "43 por cento" da capacidade de transporte e descarga de água dos meios aéreos d isponíveis.

Além disso, António Costa frisou que, para a época de incêndios deste a no, vão existir também melhores instrumentos de apoio à decisão.

"O Instituto Nacional de Meteorologia vai passar a poder divulgar o índ ice de risco de incêndio, não só numa base distrital, mas também numa base munic ipal", destacou.

Desta forma, acrescentou, os comandantes distritais vão poder fazer um "planeamento mais fino das necessidades dos dias seguintes e o pré-posicionament o dos meios, em função do risco de incêndio comunicado".

António Costa alertou ainda para a necessidade de limpeza dos matos, os quais cresceram muito nos primeiros meses deste ano, devido ao Inverno chuvoso.

"Tivemos um Inverno mais chuvoso do que o de 2005 e temos hoje os campo s verdes e bonitos. Mas temos que ter consciência que essa chuva fez moderar o m ato que, se hoje está verde, brevemente estará seco e será um perigoso combustív el que ameaçará a floresta", disse.

Toda a sociedade, de acordo com o ministro, deve contribuir para a limp eza florestal.

"Não podemos pensar que a tarefa da defesa da floresta pode ser confiad a exclusivamente ao dispositivo operacional. A defesa da floresta é algo que dep ende de todos nós e que exige a participação de todos", afirmou.

A nível nacional e nos períodos mais quentes ("Fase Charlie"), o dispos itivo integrado de combate aos incêndios conta com 5.100 bombeiros, apoiados por 1.188 veículos e 50 meios aéreos.

A estes números somam-se 1.400 elementos da GNR mobilizados, com o apoi o de equipas do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), que atingem no máxim o 300 elementos, e equipas de combate a fogos florestais das indústrias de celul oses, duas centenas de operacionais, apoiados por três meios aéreos.

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