Segundo Virgílio Costa, mesmo o edil de Esposende, João Cepa, terá já afastado as dúvidas que mantinha sobre a sua recandidatura, após ter recebido garantias do Ministério do Mar de que a obra de desassoreamento da barra da foz do Cávado - uma reclamação da cidade já com 50 anos - vai avançar a curto prazo.

João Cepa anuncia quinta-feira em conferência de imprensa a sua decisão, prevendo-se que venha a optar pela recandidatura, baseado no apoio dos organismos da Concelhia e da Distrital.

O autarca tem, no entanto, tomado algumas posições polémicas, quer afastando-se do anterior presidente da Câmara, Alberto Queiroga Figueiredo, quer assumindo uma postura crítica do anterior Governo de Durão Barroso.

Cepa tem dinamizado a colocação de cartazes de rua criticando o atraso na execução de obras prometidas à autarquia, nomeadamente da barra do Cávado, dos edifícios dos Socorros a Náufragos e do farol do Castelo de S. João Baptista.

O diferendo com Alberto Queiroga Figueiredo saltou para a praça pública quando este - na qualidade de presidente da Assembleia Municipal - não se coibiu de criticar João Cepa, acusando-o, entre outras coisas, de não ser capaz de dialogar com o Governo.

A polémica passa, também, pelo interior do partido, mas João Cepa tem o apoio da Comissão Política Concelhia liderada por Agostinho Silva.

Para Virgílio Costa a recandidatura de João Cepa - que deverá ter como principal opositor nas urnas o socialista Tito Evangelista e Sá - impõe-se "devido ao excelente trabalho que desenvolveu no Município".

O presidente da Distrital considera que os outros cinco presidentes, Fernando Reis em Barcelos, José Manuel Fernandes em Vila Verde, Armindo Costa em Famalicão, António Afonso em Terras de Bouro e Albertino Mota e Silva em Celorico de Basto optarão, sem problemas, pela recandidatura.

O PSD e o CDS/PP do distrito de Braga chegaram já a um consenso sobre a concretização de coligações, as quais dependem da vontade e de negociações entre as respectivas concelhias.

No distrito de Braga, o PSD detém seis Câmaras municipais e o PS domina oito, tendo, por isso, a presidência da Grande Área Metropolitana do Minho.