País
Dois alegados assaltantes acusados de crime de furto e de resistência e coacção sobre funcionário - advogado
Lisboa, 12 Ago (Lusa) - O advogado de defesa dos dois homens suspeitos de um assalto a um contentor de materiais de construção em Loures revelou hoje que são acusados do "crime de furto e de resistência, e coacção sobre funcionário".
Os dois homens foram hoje ouvidos no tribunal de Loures, tendo-lhes sido aplicadas as medidas de coacção de apresentação periódica às autoridades.
O representante legal dos dois homens, Fernando Carvalhal, afirmou que "está satisfeito com as medidas aplicadas aos seus constituintes", nesta fase do processo.
Os homens foram detidos em "flagrante delito" pela Guarda Nacional Republicana, quando carregavam cancelas em ferro de uma estância de obras junto a uma quinta em Loures, disse à Lusa o tenente-coronel Cardoso Pereira.
Após o assalto, e durante uma perseguição pelos militares da GNR, em que foram disparados vários tiros, um rapaz de 13 anos acabou por morrer, vítima dos disparos da Guarda.
O pai do adolescente terá de se apresentar uma vez por semana às autoridades, enquanto o tio o deverá fazer quinzenalmente, disse o advogado.
Fernando Carvalhal explicou que vai existir um compasso de espera, pelo tempo das "peritagens e análises da Policia Judiciária" e que futuras acções "só depois do período de luto familiar".
Por seu lado, o primo de um dos acusados, José Salazar, que aguardou a decisão do juiz à porta do tribunal, afirmou à Lusa que os familiares pretendem "levar o processo até às últimas consequências" e "abrir processos em tribunal contra o militar e contra a GNR".
Fernando Carvalhal disse que é "necessário aguardar primeiro pelas análises e perícias da Policia Judiciária", com o objectivo de "apurar a verdade dos factos, e só depois tomarão medidas".
O advogado recusou comentar a actuação da Guarda e os tiros disparados pelos militares, argumentando que "aguarda a descoberta da verdade material" e o "resultado das investigações da Policia Judiciária".
O advogado afirmou ainda que o processo "não pode ser perturbado com comentários ou opiniões sem certezas, essas só mais à frente".
A audiência, que decorreu no Tribunal de Loures, durou cerca de duas horas e meia, tendo os homens sido libertados cerca das 15:00 horas desta tarde.
Os dois homens, com cerca de 30 anos, não responderam a qualquer questão dos jornalistas, correndo para a carrinha de José Salazar, que de imediato os levou para o Hospital de São José, em Lisboa, de acordo com um dos familiares presentes à porta do tribunal.
O corpo do rapaz de 13 anos está no Instituto de Medicina Legal, para ser autopsiado, e posteriormente entregue à família, que pretende fazer o funeral em Évora, terra de origem do avô, disse ainda José Salazar.
Os homens, que utilizavam uma Ford Transit para furtar as cancelas em ferro, "não pararam quando um militar da Guarda deu ordem para encostarem a viatura", de acordo com o tenente-coronel Cardoso Pereira.
Os homens "tentaram atropelar o militar da Guarda", dirigindo a carrinha na sua direcção, pelo que o "militar teve de fugir com uma manobra evasiva e de que resultaram ferimentos ligeiros no soldado", explicou o tenente-coronel.
MPC/MP
O representante legal dos dois homens, Fernando Carvalhal, afirmou que "está satisfeito com as medidas aplicadas aos seus constituintes", nesta fase do processo.
Os homens foram detidos em "flagrante delito" pela Guarda Nacional Republicana, quando carregavam cancelas em ferro de uma estância de obras junto a uma quinta em Loures, disse à Lusa o tenente-coronel Cardoso Pereira.
Após o assalto, e durante uma perseguição pelos militares da GNR, em que foram disparados vários tiros, um rapaz de 13 anos acabou por morrer, vítima dos disparos da Guarda.
O pai do adolescente terá de se apresentar uma vez por semana às autoridades, enquanto o tio o deverá fazer quinzenalmente, disse o advogado.
Fernando Carvalhal explicou que vai existir um compasso de espera, pelo tempo das "peritagens e análises da Policia Judiciária" e que futuras acções "só depois do período de luto familiar".
Por seu lado, o primo de um dos acusados, José Salazar, que aguardou a decisão do juiz à porta do tribunal, afirmou à Lusa que os familiares pretendem "levar o processo até às últimas consequências" e "abrir processos em tribunal contra o militar e contra a GNR".
Fernando Carvalhal disse que é "necessário aguardar primeiro pelas análises e perícias da Policia Judiciária", com o objectivo de "apurar a verdade dos factos, e só depois tomarão medidas".
O advogado recusou comentar a actuação da Guarda e os tiros disparados pelos militares, argumentando que "aguarda a descoberta da verdade material" e o "resultado das investigações da Policia Judiciária".
O advogado afirmou ainda que o processo "não pode ser perturbado com comentários ou opiniões sem certezas, essas só mais à frente".
A audiência, que decorreu no Tribunal de Loures, durou cerca de duas horas e meia, tendo os homens sido libertados cerca das 15:00 horas desta tarde.
Os dois homens, com cerca de 30 anos, não responderam a qualquer questão dos jornalistas, correndo para a carrinha de José Salazar, que de imediato os levou para o Hospital de São José, em Lisboa, de acordo com um dos familiares presentes à porta do tribunal.
O corpo do rapaz de 13 anos está no Instituto de Medicina Legal, para ser autopsiado, e posteriormente entregue à família, que pretende fazer o funeral em Évora, terra de origem do avô, disse ainda José Salazar.
Os homens, que utilizavam uma Ford Transit para furtar as cancelas em ferro, "não pararam quando um militar da Guarda deu ordem para encostarem a viatura", de acordo com o tenente-coronel Cardoso Pereira.
Os homens "tentaram atropelar o militar da Guarda", dirigindo a carrinha na sua direcção, pelo que o "militar teve de fugir com uma manobra evasiva e de que resultaram ferimentos ligeiros no soldado", explicou o tenente-coronel.
MPC/MP