Poucas horas antes de ser assassinada, Rosalina Ribeiro encontrou-se com o seu advogado português, Duarte Lima, que diz tê-la deixado em Maricá, uma cidade a mais de 60 quilómetros do Rio de Janeiro e o local onde Rosalina Ribeiro teria marcado um encontro para tratar de negócios.

Por ter sido uma das últimas pessoas a ter estado junto de Rosalina Ribeiro, Duarte Lima tem sido insistentemente considerado uma das pessoas que mais pode contribuir para desvendar o mistério que ainda envolve a morte da companheira e herdeira de Lúcio Feteira.

Ontem Duarte Lima veio à RTP prestar os primeiros esclarecimentos depois do seu nome ter começado a surgir associado à morte de Rosalina Ribeiro, sua cliente há cerca de nove anos, para dizer que só está ligado à morte de Rosalina Ribeiro pelo facto de ter sido a última pessoa a estar com ela antes do homicídio.

"Sou testemunha do processo e não há qualquer suspeição sobre mim", esclareceu Duarte Lima na Grande Entrevista da jornalista Judite de Sousa, na RTP ao mesmo tempo que garantia que, depois de a polícia brasileira ter afirmado que não é suspeito do crime, está agora a ser vítima de uma "mão misteriosa" que está a lançar notícias da imprensa ao estilo de "policial negro" para o "aniquilar", mas sem esclarecer a quem pertencia essa "mão misteriosa".

Duarte Lima teve ainda oportunidade de esclarecer que foi a pedido da sua cliente que esteve no Rio de Janeiro e quer foi ele a oferecer-se para levar Rosalina à cidade de Maricá onde se encontrou com Gisele, a mulher misteriosa que ainda ninguém sabe quem é, com quem terá conversado apenas "um minuto", mas dando para ver que havia alguma familiaridade entre as duas.

O advogado garantiu ainda desconhecer qualquer carta rogatória da iniciativa das autoridades brasileiras para o interrogar mas, no seu entender, será normal a cooperação policial internacional e que está disponível para analisar todos os contributos que lhe forem pedidos para a investigação.

Já quanto à acusação de que a sua cliente retirou dinheiro da herança de Lúcio Feteira, uma acusação feita pelo advogado português de Olímpia Menezes, filha de Tomé Feteira, José Miguel Júdice, Duarte Lima esclareceu que tal afirmação não está provada judicialmente e que o dinheiro transferido para a sua conta na Suíça é limpo e não provém dos bens do milionário.