Dunas da Costa de Caparica resistem a forte preia-mar
As dunas das praias do Norte, na Costa de Caparica, resistiram às marés fortes, apesar de parte do cordão dunar ter sido novamente destruído, disse à Lusa o presidente da Junta de Freguesia.
A primeira preia-mar do dia, por volta das 02:30, voltou a fazer estragos no cordão dunar da praia do Inatel, não colocando, no entanto, em risco, nem a duna natural, nem o parque de campismo mais próximo.
O presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, António Neves, referiu que é "perfeitamente normal o mar levar alguma areia das dunas no Inverno" e que o rompimento do cordão dunar não esteve em causa ao longo de todo o dia de hoje.
A preia-mar das 15:34 não foi tão forte, mas mesmo assim o mar alcançou o cordão dunar e levou consigo mais um pouco da areia que tem vindo a ser colocada no local.
O rompimento da duna tem sido evitado devido às obras de emergência efectuadas pelo Instituto Nacional da Água (INAG), que tem aumentado artificialmente a duna com areia retirada da praia.
A barreira artificial está agora a ser aumentada em seis metros na parte traseira do cordão dunar para reforçar a duna e evitar o seu rompimento, disse à Lusa o engenheiro do INAG responsável pela obra, João Costa.
"Este preenchimento da parte de trás da duna vai ser feito com areia retirada da praia do Inatel e que já esteve na duna, tendo sido entretanto levada pelo mar", explicou João Costa.
O engenheiro acrescentou que, desta maneira, não se estará a retirar areia da praia, que poderá mais tarde fazer falta, mas sim a recolocar areia que já fez parte da duna.
As obras decorrem desde o dia 10 de Dezembro, altura em que se deu a primeira destruição do cordão dunar.
Entretanto, as obras deveriam ter terminado no final do mês passado, mas tiveram de continuar, visto que as preias-mar de dia 31 de Dezembro e 01 de Janeiro destruíram todo o trabalho que tinha sido feito pelos técnicos do INAG.
No entanto, para o presidente do instituto, Orlando Borges, o saldo da operação é "positivo", visto que "o objectivo de prevenir o rompimento da duna foi completamente cumprido".
António Neves voltou a elogiar as acções levadas a cabo pelo INAG, mas continua a defender uma intervenção de fundo na Costa de Caparica, para combater este tipo de situações.