É prematuro "deitar foguetes"
O candidato presidencial Francisco Louçã considerou no Algarve ser "prematuro" estar a "deitar foguetes" com a aprovação do quadro orçamental europeu para 2007-2013, afirmando que não se contenta com uma solução "má".
"Eu não faço parte daqueles que se contentam com uma solução má quando podia haver o risco de uma solução péssima,", disse, criticando os que qualificam de bom para o país o orçamento hoje aprovado.
O candidato do Bloco de Esquerda falava hoje em Monte Gordo à margem de um encontro com pescadores, que aproveitaram a visita do candidato para se queixar de problemas do sector, nomeadamente a dificuldade de licenciamento das embarcações.
Considerando que a Europa ficou mais diminuída depois deste orçamento, Francisco Louçã lamentou que Portugal, apesar de ter beneficiado um pouco mais do que com a proposta britânica inicial, tenha ficado muito aquém do que tinha no quadro comunitário anterior.
"É certo que o governo conseguiu à última hora aumentar a conta portuguesa em mil milhões de euros, mas isso dá menos do que para pagar o TGV entre Lisboa e Montemor, o que é pouco", defendeu.
Salientando o facto de os países do alargamento terem sido fortemente prejudicados com o documento hoje aprovado - "Perspectivas Financeiras 2007-2013" -, o candidato do Bloco de Esquerda criticou a "mesquinhez de contas reduzidas" dos governantes europeus.
"Era preciso que houvesse um orçamento que crescesse para ajudar a combater o desemprego e para o desenvolvimento da convergência europeia", concluiu.