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Elvira Fortunato premiada com bolsa de três milhões de euros

por RTP

A cientista Elvira Fortunato, Vice-Reitora da Universidade Nova de Lisboa, foi premiada com uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação no valor de 3,5 milhões de euros. A investigadora propõe mudar a forma como se fabricam circuitos integrados e componentes eletrónicas utilizando materiais amigos do ambiente.

A responsável pelo Centro de Investigação de Materiais do Laboratório Associado i3N conseguiu um financiamento de 3,5 milhões de euros, tornando-se no valor máximo atribuído a um investigador em Portugal.

O financiamento vai servir para instalar um laboratório que vai permitir agilizar uma investigação de referência internacional. Dá pelo nome de “Multifunctional Digital Materials Platform for Smart Integrated Applications” (DIGISMART) e quer revolucionar a maneira como se produzem circuitos integrados e componentes eletrónicos.

O objetivo é fazê-lo sem recurso ao silício, podendo ser utilizados materiais ‘eco-friendly’, com propriedades excecionais, à nano escala. Num comunicado é explicado que também se pretende fazer com que o dispositivo tenha mais do que uma função e que todas as vertentes preveem a utilização de materiais sustentáveis e tecnologias amigas do ambiente.

Portugal já conta com 13 Advanced Grants (insígnias do Conselho Europeu de Investigação que distinguem trabalho de investigação), sendo que Elvira Fortunato conquistou a segunda da sua carreira. Numa década, a bolsa atribuída à vice-reitora da Universidade Nova é a que tem o valor mais alto.

Em 2008, Elvira Fortunato garantiu o primeiro prémio na área de Engenharia e uma bolsa no valor de 2,25 milhões de euros, que permitiu a instalação de um laboratório de nanofabricação que se tornou uma referência internacional.

No comunicado que anuncia o feito da investigadora é explicado que se espera a instalação de um novo laboratório, de nanocaracterização avançada, que pretende tornar-se igualmente num marco internacional da investigação.
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