Em Linda-a-Velha. Professora agredida por aluno

por RTP

Uma professora foi agredida por um aluno de 14 anos numa escola secundária em Linda-a-Velha. Teve que ser transportada para o hospital com ferimentos ligeiros. É o segundo caso de violência em ambiente escolar em apenas 24 horas.

A agressão aconteceu ao início da manhã nesta escola, Básica e Secundária Amélia Rey Colaço, em Linda-a-Velha.

O aluno de 14 anos deu uma cabeçada na docente, provocando ferimentos ligeiros. A professora - de 32 anos - foi transportada para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

O Comando Metropolitano da PSP de Lisboa confirma a informação, adianta que registou a ocorrência, identificando o aluno. Por se tratar de um menor, os pais tiveram de ser informados.

É o segundo caso de violência em apenas 24 horas. Terça-feira, um professor agrediu um aluno na escola Rainha Dona Leonor, em Lisboa.
O adolescente de 13 anos teve de receber tratamento hospitalar e o professor é alvo de um inquérito liderado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.

Perante estes dois recentes casos, a FENPROF acusou - ao início da tarde - o Ministério da Educação de um intolerável e inaceitável silêncio que, no entender da federação dos professores, "soa a indiferença"
Entretanto, o Ministério de Educação fez um comunicado onde repudia todas as formas de violência. Adianta que tem conhecimento de todas as ocorrências em contexto escolar mas destaca os dados mais recentes que apontam para uma diminuição que considera significativo dos incidentes em recinto escolar.

E remete para os números do relatório anual de segurança interna. No capítulo da segurança escolar, o documento revela que no ano lectivo de 2017/2018, a GNR e a PSP registaram 6422 ocorrências. Dessas ocorrências, 64 por cento são de natureza criminal - três mil e cinco dentro da escola e mil e cem no exterior.

Dados mais recentes, do ano lectivo passado, referem que as ofensas à integridade física são o crime mais frequente, seguido de furto e de injúrias ou ameaças.

Essas ocorrências acontecem, sobretudo em Lisboa. A capital tem quase o triplo das ocorrências do Porto que surge em segundo lugar, seguido de Setúbal, em terceiro.
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