Embaixador garante que não há vítimas portuguesas no Egipto

O embaixador português no Egipto manifestou-se hoje surpreendido com os atentados em Charm El-Cheikh, "uma instância balnear bastante protegida", e garantiu que até ao momento não há qualquer indicação de portugueses entre as vítimas.

Agência LUSA /

Pelo menos três atentados quase simultâneos sacudiram hoje, cerca da 1:00 (23:00 de sexta-feira em Lisboa), a zona antiga de Charm El-Cheikh e o bairro moderno de Naama Bay, matando 83 pessoas, incluindo oito estrangeiros.

Estes atentados - reivindicados por um grupo ligado à rede terrorista Al-Qaida e imediatamente condenados pela comunidade internacional - foram os que mais mortes provocaram entre os perpetrados contra estâncias turísticas do Egipto.

Em declarações à Agência Lusa, o embaixador português, Fernando Ramos Machado, garantiu que não há registo de portugueses entre as vítimas e que a informação vai sendo actualizada através de contacto permanente com as autoridades egípcias e com a célula de crise instalada na Embaixada do Reino Unido, representante da União Europeia no Cairo.

Naquela zona balnear estão, segundo fonte da Associação Portuguesa das Agência de Viagens, 112 turistas portugueses.

A ocorrência de atentados nesta zona turística do Egipto apanhou de surpresa o embaixador português.

Fernando Ramos Machado disse que Charm El-Cheikh é uma das zonas turísticas mais importantes do Egipto e também das mais protegidas, até "porque é onde o presidente egípcio passa a maior parte do seu tempo".

O presidente egípcio reside habitualmente em Charm El-Cheikh numa casa de campo situada no complexo do hotel Movenpick Golf, a cerca de uma dezena de quilómetros do Ghazala Gardens.


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