Embarque com destino a Maputo permitido apenas a passageiros com visto
Lisboa, 16 jan (Lusa) -- A TAP está a informar os passageiros com destino a Maputo que só podem embarcar se forem portadores do visto de entrada válido, na sequência de uma "mudança de prática" das autoridades moçambicanas, disse hoje à Lusa o porta-voz da companhia aérea nacional.
"Há problemas com os vistos. Até agora eram concedidos também à entrada e, por isso, neste momento estamos a aconselhar os passageiros a munirem-se do respetivo visto ainda em Portugal porque as pessoas que chegam ao país sem visto são devolvidas à procedência", explicou António Monteiro, porta-voz da TAP.
"Há uma mudança brusca dessa prática. É evidente que as autoridades moçambicanas têm o direito de proceder como acham melhor e o normal até é o visto ser obtido por antecedência, como acontece na generalidade dos países africanos. Aqui o problema é que foi uma prática alterada de uma forma um pouco abrupta", acrescentou António Monteiro, sublinhando que a TAP está a alertar os agentes de viagem e os passageiros.
Uma informação difundida pela TAP através da conta da companhia aérea na rede social Facebook indica que todos os passageiros de nacionalidade portuguesa com destino a Maputo que não sejam portadores de cartão de residente em Moçambique só poderão embarcar nos voos para aquele destino se estiverem em posse de visto de entrada válido, bem como de bilhete de ida e volta.
"Esta medida surge no seguimento de os Serviços de Migração do Aeroporto de Maputo estarem a recusar emitir vistos à chegada, obrigando a TAP a efetuar o retorno dos passageiros que não cumpram as condições referidas", indica a mesma informação da companhia aérea.
No dia 07 de janeiro, oito portugueses foram impedidos de entrar em Moçambique por irregularidades a nível de vistos, tendo regressado no mesmo voo em que se faziam transportar.
Na ocasião, António Pinheiro, vice-cônsul de Portugal em Maputo, seis portugueses tinham visto turístico, mas pretendiam trabalhar em Moçambique, enquanto outros dois portugueses não tinham bilhetes de regresso para Portugal.
As autoridades moçambicanas decidiram, por isso, recambiá-los no mesmo voo da TAP em que chegaram a Maputo.