Escola de Bombeiros formou 1.800 chefes equipa desde 98
A única escola portuguesa de bombeiros já formou nos últimos sete anos 1.800 chefes de equipa de combate a incêndios florestais, sendo cada um deles responsável pela formação de cinco bombeiros.
O ensino na Escola Nacional de Bombeiros (ENB) "obedece a uma perspectiva dinâmica" e, no caso daqueles chefes, "a formação recebida é depois transmitida a outros elementos dos corpos de bombeiros a pertencem", disse à Agência Lusa a vogal da direcção da ENB Susana Silva.
A ENB deu formação de chefe de equipa de combate a incêndios florestais a 52 elementos até 31 de Julho deste ano, a 400 em 2004 e a 20 em 2003, o que totaliza 472 em cerca de dois anos e meio.
"A formação de chefes de equipa de combate a incêndios florestais é naturalmente uma área importante, mas é bom que se realce que são ministrados outros cursos e módulos que também concorrem para o sucesso do socorro em situação de incêndios florestais", afirmou Susana Silva.
No conjunto, 6.772 pessoas passaram este ano pela ENB, num investimento estimado em um milhão de euros, e o número de formandos deverá chegar a cerca de dez mil até ao fim de 2005, referiu a responsável.
Em 2005, até 31 de Julho, O total de cursos e módulos de formação ministrados na ENB eleva-se a 585.
Em 2004 a ENB deu formação a 13.576 elementos, o que representou um investimento total aproximado de três milhões de euros, enquanto em 2003 o número de formandos foi de 17.276, o que se traduziu num investimento de idêntico montante.
Com cerca de dez anos de existência, a Escola Nacional de Bombeiros resulta de uma parceria entre o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), possuindo centros de formação em Sintra (sede), Lousã e Bragança, estando prevista a entrada em funcionamento de mais um centro, em São João da Madeira, no próximo dia 26 de Outubro.
O orçamento da ENB é garantido por verbas provenientes do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), fundos comunitários e receitas próprias, que representam 14 por cento do total.
O Estado atribui anualmente à ENB, através do SNBPC, três milhões de euros.
As receitas próprias são conseguidas através da "venda de formação" a entidades privadas, como Caixa Geral de Depósitos, Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, hospitais e autarquias.
A Escola Nacional de Bombeiros, cujo lema é "Saber para Servir", é presidida por Duarte Caldeira, também presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.