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Estudantes continuam em protesto junto à Faculdade de Direito de Lisboa

por RTP
PSP à entrada da faculdade depois de ter afastado o grupo de alunos em protesto Miguel A. Lopes - Lusa

Dezenas de alunos da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa encontram-se esta terça-feira em protesto junto às escadarias da instituição de ensino, que chegou a estar fechada a cadeado às primeiras horas da manhã. A PSP já reabriu as portas da faculdade, mas os alunos prometem permanecer em protesto até ao final do dia.

A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) esteve fechada a cadeado durante cerca de uma hora por alunos em protesto contra o processo de avaliação e o incumprimento de regras por parte dos docentes.

Cerca das 9h30 desta terça-feira, os bombeiros retiraram o cadeado e a corrente colocados pelos alunos. A PSP ordenou que os alunos retirassem uma faixa de protesto, que cobria a entrada da faculdade.

Marcelo Sobral, Ana Raquel Leitão, Mário Piteira, Virgílio Matos - RTP

Apesar de reabertas as portas da faculdade, os alunos mantiveram-se à porta com o intuito de impedir a entrada no edifício, sendo retirados à força pela PSP.

Segundo Gonçalo Martins dos Santos, presidente da Associação Académica, os alunos foram informados pela polícia que esta se tratava de uma “manifestação ilegal” e por isso foram afastados das portas de entrada.

Em resposta à ordem de retirada, o dirigente estudantil assegurou que os alunos se vão manter em protesto junto à faculdade até ao final do dia.

Os estudantes protestam contra “inúmeras situações de incumprimento” por parte da instituição e dos docentes, com os alunos “descontentes” e “preocupados com a forma como estão a ser avaliados”, segundo referiu Gonçalo Martins dos Santos, presidente da Associação Académica.

Num comunicado enviado às redações, a Associação Académica salientava esta terça-feira que os alunos são avaliados “segundo o arbítrio dos docentes e com poucas certezas quanto ao método a que estão sujeitos”.

Uma dos motivos deste protesto está também no excessivo peso dos testes escritos na nota final, a sobrelotação das turmas, com o máximo de alunos a ser ultrapassado na “esmagadora maioria” dos casos, e ainda a “recusa” de revisão de notas por parte dos docentes. 
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