Ex-presidente da Câmara da Covilhã diz que MP arquivou o seu processo

O Ministério Público arquivou o processo que abriu contra o ex-presidente da Câmara da Covilhã Jorge Pombo no decorrer do inquérito à construção da central de compostagem de lixo da Cova da Beira, disse o próprio à Agência Lusa.

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O nome do ex-autarca (1993-1997) figura no grupo de cinco arguidos no âmbito do inquérito, onde se inclui António José Morais, ex-professor de José Sócrates na Universidade Independente e que desempenhou cargos de nomeação política durante o Governo socialista de António Guterres e do actual Governo de José Sócrates, acusado de corrupção e branqueamento de capitais.

"Fui ouvido e o meu processo foi arquivado. Recebi ontem [quinta-feira] a notificação de que a questão estava arquivada relativamente à minha pessoa", disse à Agência Lusa.

De acordo com Jorge Pombo, a sua ligação à obra deve-se ao facto de, na altura, ter presidido à Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB).

"Eu era o presidente da AMCB e não recordo que houvesse problemas, nomeadamente durante o concurso público internacional", que acompanhou, recordou.

"Depois houve uma queixa anónima e a Policia Judiciária investigou, mas isso já foi há bastante tempo", acrescentou o antigo responsável, recusando-se a prestar mais declarações.

"Para mim chega, a minha intervenção política terminou quando saí da Câmara da Covilhã. Além do mais, tenho-me como uma pessoa honesta e assim vou continuar", concluiu.

A notícia sobre as acusações pelo Ministério Público no inquérito à construção da central de compostagem de lixo da Cova da Beira foi avançada ao início da tarde de hoje pelo Expresso.online.

António José Morais esteve ligado à construção do aterro sanitário, em 1996, através do GEASM, o seu gabinete de engenharia, que preparou o projecto, o programa do concurso, o caderno de encargos e avaliação técnica das propostas.

Em 1999, após uma denúncia anónima, a Polícia Judiciária começou a investigar o caso.

À data dos factos, José Sócrates era secretário de Estado do Ambiente, mas não foi ouvido no inquérito.

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