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Ex-Presidente da Conforlimpa condenado a mais de 11 anos de prisão
O ex-Presidente da Conforlimpa, Armando Cardoso, foi condenado a 11 anos e dois meses de prisão, por associação criminosa e fraude fiscal qualificada. O Tribunal de Vila Franca de Xira condenou também o economista Germinal Rodrigo e o contabilista José Peixinho a uma pena única de sete anos de prisão. Os três foram ainda condenados a pagar os mais de 42 milhões de euros reclamados pelo Estado. Andreia Cardoso, filha de Armando Cardoso, foi condenada a pena única de cinco anos de cadeia, suspensa na execução por igual período.
O economista Germinal Rodrigo e o contabilista José Peixinho foram condenados a cinco anos e quatro meses por cada um dos dois crimes. Em cúmulo jurídico, o tribunal decidiu condenar os dois arguidos a uma pena única de sete anos de prisão.
Andreia Cardoso, filha de Armando Cardoso, foi condenada a três anos e 11 meses por cada um dos crimes, tendo o coletivo de juízes aplicado a pena única de cinco anos de cadeia, suspensa na sua execução por igual período.
Armando Cardoso, o economista Germinal Rodrigo, o contabilista José Peixinho, à data dos factos todos funcionários da Conforlimpa - empresa de serviços de limpeza e conservação de edifícios -, e seis pessoas coletivas (sociedades), foram ainda condenados a pagar os mais de 42 milhões de euros reclamados pelo Estado.
Para o coletivo de juízes "ficou provado a generalidade dos factos constantes da acusação".
Segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, os arguidos "desenvolveram um esquema fraudulento, labiríntico e sofisticado, com base na criação de empresas fictícias, as quais montavam múltiplas operações comerciais com faturação forjada, para contabilização de custos inexistentes e consequente dedução indevida de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado)".
Deste modo, no período entre 2004 e 2012, os envolvidos "obtiveram ganhos ilegais nos valores do IVA, prejudicando o Estado em cerca de 42 milhões e 352 mil euros".