Ex-sociedade de antigo adjunto do Ministério da Justiça preso por abusos chocada com o caso

Uma sociedade de advogados na qual trabalhou o ex-adjunto do Ministério da Justiça colocado no sábado em prisão preventiva por suspeitas de pornografia de menores e abusos sexuais de criança manifestou-se "chocada e consternada" com o caso.

Lusa /

"Tendo sido surpreendidos pelas notícias que reportam o envolvimento do antigo colaborador, Dr. Paulo Abreu Santos, no âmbito de uma investigação criminal de contornos graves, a Sociedade manifesta-se chocada e consternada com o conteúdo das mesmas", refere, num comunicado no seu `site` oficial, a Ana Bruno & Associados.

Sublinhando ser "completamente alheia e desconhecedora dos alegados comportamentos" do advogado, a sociedade garante confiar "que as instituições competentes desenvolverão o seu trabalho, no sentido de que seja apurada a verdade dos factos e que daí sejam retiradas as consequentes conclusões legais".

O ex-adjunto da anterior ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, foi detido na quinta-feira pela Polícia Judiciária e, segundo a TVI/CNN, foi apanhado em flagrante durante uma busca à sua residência, onde foram encontrados os ficheiros que o incriminam por crimes sexuais envolvendo menores.

Dois dias mais tarde, o tribunal determinou a prisão preventiva do arguido, que exerceu funções no Ministério da Justiça em 2023 e 2024, confirmou à Lusa fonte policial.

Segundo a nota curricular no Diário da República, Paulo Jorge Abreu dos Santos, de 38 anos, é licenciado em Direito e desenvolveu atividade profissional como advogado e parecerista, em particular nas áreas de contencioso societário e comercial, insolvência e arbitragem.

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