Explosão numa fábrica de Lamego faz várias vítimas mortais

Uma fábrica de pirotecnia de Avões, concelho de Lamego, foi destruída por uma explosão ao final da tarde desta terça-feira. A determinação do número de mortos depende de uma busca completa ao perímetro da explosão.

RTP /
Twitter @Jo4nito

Pelas 23h foram confirmados cinco mortos na sequência de várias explosões que se sucederam na fábrica de pirotecnia. Três outras pessoas estão desaparecidas. Estariam a trabalhar no local oito pessoas.

Uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Viseu adiantou que a explosão ocorreu às 17h48 num paiol.

A explosão provocou um incendio de grandes dimensões.Ainda não são conhecidas as causas da explosão nesta fábrica de pirotecnia em Avões.


Os cinco corpos encontrados serão o proprietário, a filha, o genro e duas outras pessoas, que trabalhavam na fábrica que era maioritariamente um empreendimento familiar. Oficialmente nenhuma das vítimas mortais tinha sido identificada até à meia-noite.

Desconhece-se para já o que aconteceu às restantes pessoas que estariam no local. O local foi selado durante a noite num perímetro de 300 metros e os trabalhos serão retomados logo de manhã, pela Polícia Judiciária.
A prioridade é encontrar os restantes corpos.  
Imagens do local divulgadas no Facebook da Rádio Douro Nacional:


Durante várias horas, de acordo com o INEM, foi impossível à equipas de intervenção avançarem face à continuada ocorrência de novas explosões.

De acordo com página da Proteção Civil, acorreram ao local dois helicópteros do INEM, 121 homens e 40 viaturas. Foram ainda enviadas várias equipas de psicólogos.

A Polícia Judiciária foi entretanto chamada a investigar as causas das explosões. Ao local deslocaram-se 25 militares da GNR, responsáveis pela operação de segurança, "para garantir que não há nada que possa explodir ou deflagrar", e pelo isolamento da zona, com vista à "preservação de vestígios".
"Tragédia enorme"

Francisco Lopes, o presidente da Câmara de Lamego, fala em "enorme tragédia".

"É uma tragédia enorme, com várias pessoas no interior do edifício. Serão sete ou oito pessoas. Em princípio, há três mortos e receamos o pior para os restantes", declarou o autarca, fazendo também ele notar que continuam a suceder-se as explosões.

Francisco Lopes recordou que o histórico de incidentes em fábricas de pirotecnia é "conhecido", sublinhando no entanto que nunca antes com esta dimensão em termos de vítimas mortais.
António Costa envia condolências

Esta terça-feira o Presidente da República é esperado em Avões para cumprimentar as famílias, juntamente com a autarquia.
O secretario de Estado da Administração Interna promete apoio psicológico e todo o apoio possível às famílias.
Apesar de se encontrar no Luxemburgo em visita de Estado, o primeiro-ministro telefonou ao presidente da Câmara de Lamego para endereçar as suas condolências às famílias das vítimas.

Fonte oficial do gabinete de antónio Costa adiantou à agência Lusa que nessa conversa telefónica António Costa se disponiblizou "para o que fosse preciso".



"Em nome do Governo, quero enviar os sentimentos e uma palavra de ânimo aos familiares das vítimas do incidente desta tarde em Lamego", escreveu António Costa na sua conta no Twiter.


c/ Lusa
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