Famílias dos dois agentes da PSP mortos na Cova da Moura receberam indemnizações

As famílias dos dois agentes da PSP assassinados em Março passado no bairro da Cova da Moura, Amadora, receberam hoje as respectivas indemnizações, disse à Agência Lusa uma fonte do Ministério da Administração Interna.

Agência LUSA /

"Os pais do agente Paulo Alves receberam uma indemnização no valor de 93.675.00 euros e à viúva do agente António Abrantes foi entregue igual quantitativo", disse à Agência Lusa uma fonte do gabinete do ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, que tem a tutela das forças de segurança.

As indemnizações foram depositadas nas contas bancárias das famílias pelo Ministério das Finanças.

A fonte adiantou que quanto ao processo do agente Ireneu Diniz, também assassinado na Cova da Moura em Fevereiro passado, "faltam ainda alguns dados, mas está adiantado, devendo a família receber em breve a respectiva indemnização".

Estas indemnizações obedecem à lei aprovada pelo actual Governo a 13 de Julho deste ano, com efeitos retroactivos a Janeiro, que prevê compensações financeiras em caso de morte ou incapacidade permanente dos profissionais das forças de segurança na sequência de incidentes em serviço.

O agente Ireneu Diniz foi abatido na madrugada de 17 de Fevereiro passado e os agentes Paulo Alves e António Abrantes foram assassinados na madrugada de 20 de Março.

Nos últimos seis anos morreram em serviço seis elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), três dos quais no primeiro trimestre deste ano.

Dos seis casos de agentes mortos em serviço, quatro ocorreram na zona da Amadora, onde se verificaram, de resto, todos os casos de assassinatos de agentes com armas de fogo, segundo a PSP.

Os anteriores casos de agentes mortos em serviço verificaram-se em 2002 e 2003.

Em 2002 um agente foi morto a tiro na Amadora e um outro na sequência de um atropelamento intencional em Algés.

Em 2003 um agente morreu também na sequência de um atropelamento intencional em Vila Real.


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