Feira do Ensino Superior dos EUA em Lisboa para cativar estudantes

A deslocação de estudantes portugueses para os Estados Unidos e de estudantes norte-americanos para Portugal é "positiva" para o bom entendimento entre os dois países, afirmou Mary Thompson-Jones, do Departamento de Estado dos EUA.

Agência LUSA /

"Queremos que os estudantes portugueses saibam que serão bem recebidos se forem estudar para os Estados Unidos, assim como os estudantes norte-americanos são encorajados a estudar em Portugal", afirmou a responsável à agência Lusa.

Mary Thompson-Jones, do Gabinete de Educação e Relações Culturais do Departamento de Estado dos EUA, falou à Lusa à margem da Feira de Estudos Superiores Norte-Americanos que hoje decorreu no Hotel Real Palácio, em Lisboa.

A Feira decorreu no âmbito da Conferência Trienal "Education USA", que se realiza até sexta-feira por iniciativa da Comissão Fulbright, uma instituição vinculada ao Departamento de Estado Norte-Americano e que visa reforçar o entendimento mútuo entre o povo dos EUA e de outros países.

"Incentivamos a troca de experiências, que consideramos fundamental para um bom entendimento entre Portugal e os Estados Unidos, e este certame permite-nos dar a conhecer uma pequena amostra das nossas instituições de ensino", acrescentou Mary Thompson-Jones.

De acordo com a responsável, "é muito importante conhecer também os estabelecimentos de ensino, os professores e os estudantes portugueses" e a Comissão Fulbright tem "toda a conveniência em conhecer os interesses de quem quer prosseguir os estudos nos EUA".

Interesses "que variam muito", segundo Ricardo Sequeira, do Centro de Informação Fulbright em Portugal, que funciona no edifício da Reitoria da Universidade de Lisboa.

"Entre os estudantes que nos procuram, estão os que frequentam o ensino secundário e querem fazer apenas um ano de intercâmbio, os que pretendem licenciar-se nos Estados Unidos ou até ficar lá a viver e os licenciados que procuram uma hipótese de estágio", explicou o responsável à Lusa.

Ricardo Sequeira acrescentou que "algumas pessoas querem graduar-se lá por considerarem que o nível do ensino é muito bom e que as vai valorizar profissionalmente", havendo também "alguns professores que querem leccionar no ensino norte-americano".

"Médicos que acabaram as Licenciaturas em Portugal e procuram especializações que não existem por cá, caso da emergência médica, e licenciados em Direito que buscam LLM, que são Mestrados de carácter prático, são outros dos casos frequentes", explicou o responsável à margem dos eventos.

A Conferência Trienal "Education USA", que decorre ao longo de toda a semana, deslocou a Lisboa conselheiros educacionais de 32 países, além de diversos representantes do Departamento de Estado dos EUA, mais de uma dúzia de oradores convidados e representantes de várias instituições de ensino superior norte-americanas.

Hoje, na Feira, estiveram presentes representantes do Seattle Central Community College (Washington), Leeward Community College (Havai), College of Wooster (Ohio), Webster University (St. Louis, Missouri), Ohio State University, Lynn University (Florida) e Ball State University (Indiana), entre outras instituições de ensino.


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