Feira do mobiliário mostra últimas novidades do setor

por Lusa
As novidades do mobiliário e decoração portugueses estão na 57.ª edição da "Capital do Móvel" D.R.

Quarenta empresas de mobiliário expõem, a partir desta quarta-feira e até 10 de julho, em Lisboa, as novidades do mobiliário e decoração portugueses na 57.ª edição da "Capital do Móvel", que se realiza pela segunda vez na capital.

Após os cerca de 5.000 visitantes recebidos na última edição, a expectativa este ano é superar este número e atrair ao Pavilhão Carlos Lopes, “pelo menos, entre 6.000 a 7.000” pessoas, segundo a organização.

França continua a ser o maior cliente do mobiliário fabricado em Portugal, absorvendo cerca de 35% das exportações, seguindo-se Espanha e os Estados Unidos da América (que respondem, juntos, por cerca de 30%), do Reino Unido (19%) e da Alemanha (10%).

O setor é constituído por cerca de 4.000 empresas que empregam mais de 34.000 trabalhadores, estando presente em 160 mercados internacionais.

A diretora geral executiva da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), Filipa Belo, em entrevista à agência Lusa, afirmou que o setor do mobiliário "surpreendeu bastante, pela positiva", ao "não refletir assim de uma forma tão bruta" o impacto da pandemia.

"Ao contrário daquilo que seriam as expectativas, a pandemia acabou por não se refletir assim de uma forma tão bruta", disse, avançando que os dados do primeiro trimestre de 2021 apontam já para uma subida de 4% das exportações face ao período homólogo de 2019, pré-pandémico, para perto de 500 milhões de euros.

Ainda assim, o impacto da pandemia fez-se sentir no setor, cujas vendas para o exterior recuaram de 2.500 milhões de euros em 2019 para 1.500 milhões de euros em 2020 e 1.700 milhões de euros em 2021.

Atualmente, Filipa Belo destaca "os constrangimentos ao nível das matérias-primas e dos transportes" como os fatores que mais estão a "influenciar negativamente" o setor, sobretudo desde o início da guerra na Ucrânia.

"Algumas matérias-primas vinham daquela zona, como a placa de madeira e alguma madeira específica, que vinha da Rússia, e algumas empresas que tinham contratos preestabelecidos estão com receio em avançar, porque não sabem até que ponto vão receber as matérias-primas", explicou.

Por outro lado, disse, a forte e constante subida do preço das matérias-primas está a condicionar a realização de orçamentos: "Um orçamento feito hoje se calhar já não é o mesmo daqui a um ou dois meses", concluiu.

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