Feminista Madalena Barbosa morreu hoje aos 66, depois de uma vida dedicada a defender direitos das mulheres

Madalena Barbosa foi uma das fundadoras no Movimento de Libertação das Mulheres (MLM), em Abril de 1974, criado para reclamar "o direito à igualdade de oportunidades, sem discriminação de género".

O grupo parlamentar do PS recordou hoje em comunicado que nos anos 1980 Madalena Barbosa integrou a Comissão da Condição Feminina, actual Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, onde trabalhou até agora.

Nas eleições intercalares de 2007 foi candidata à Câmara de Lisboa pelo Movimento Cidadãos por Lisboa.

No decorrer da sua carreira, a activista representou Portugal e a União Europeia em várias cimeiras e conferências internacionais, nomeadamente em Nova Iorque.

A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) também já lamentou o falecimento da feminista, a quem diz prestar homenagem por se tratar de "uma das primeiras lutadoras pela despenalização do aborto em Portugal".

Foi "uma mulher que sempre se firmou como feminista em todas as dimensões da sua vida", sublinhou a UMAR em comunicado, acrescentando que vai "preservar o exemplo de dignidade e de coragem revelado nos dias mais difíceis da sua vida".

Ainda segundo o grupo parlamentar do PS, Madalena Barbosa autodefiniu-se como "feminista, socialista e mulher, chamada em outros lugares do mundo gender expert".

"Que Força é Essa", o seu livro de crónicas e textos de reflexão sobre temas como feminismo, igualdade e estudos de género, participação cívica e política, será lançado sexta-feira na Fábrica Braço de Prata, no Poço do Bispo, onde também será feita uma última homenagem.

Em comunicado, a UMAR apela à "participação das feministas portuguesas" nas cerimónias fúnebres de Madalena Barbosa, sexta-feira às 16:00 na casa mortuária Santa Joana, em Lisboa.

O funeral segue para o cemitério do Alto de S. João, onde o corpo será cremado pelas 23:00.

MZM

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