País
Fernando Alexandre chamado ao Parlamento por causa dos alunos de Medicina
O Chega e o Iniciativa Liberal querem que o ministro da Educação confirme no Parlamento se pressionou ou não o reitor da Universidade do Porto a aceitar a entrada de 30 alunos na Faculdade de Medicina que não teriam nota mínima. Alegação que Fernando Alexandre já negou. O PSD pediu a audição parlamentar urgente do ministro da Educação e do reitor, e o PS diz querer ouvir o responsável pela instituição de Ensino Superior.
O Chega vai pedir esclarecimentos ao ministro da Educação sobre as alegadas pressões à Universidade do Porto para admitir a entrada em Medicina de alunos que não teriam a classificação mínima exigida. O partido liderado por André Ventura pediu ainda uma investigação ao Ministério Público sobre este caso.
O presidente do Chega afirmou, em conferência de imprensa, que pretende ainda esta sexta-feira, “através da Comissão de Educação, questionar o ministro precisamente em relação a esses factos, e à possível tentativa de condicionamento de um órgão para facilitar entrada, seja em que curso for”.
Na sede do Chega, André Ventura defendeu que a responsabilização política “não invalida” a existência de uma “investigação criminal, que é incontornável neste caso”.
“Eu penso que, face à gravidade dos factos que hoje foram revelados, o Ministério Público tem que abrir uma avaliação preventiva, pelo menos, para verificar se há indícios de crime nesta matéria, quer de favorecimento, quer crimes de pressão indevida, ou de tentativa de coação sobre um órgão público”, considerou, acrescentando que pediu uma “investigação imediata do Ministério Público a este comportamento alegado do ministro”.
Questionado se o ministro Fernando Alexandre se deve demitir, André Ventura disse que é preciso aguardar por respostas e pela evolução do caso.
O presidente do Chega afirmou, em conferência de imprensa, que pretende ainda esta sexta-feira, “através da Comissão de Educação, questionar o ministro precisamente em relação a esses factos, e à possível tentativa de condicionamento de um órgão para facilitar entrada, seja em que curso for”.
Na sede do Chega, André Ventura defendeu que a responsabilização política “não invalida” a existência de uma “investigação criminal, que é incontornável neste caso”.
“Eu penso que, face à gravidade dos factos que hoje foram revelados, o Ministério Público tem que abrir uma avaliação preventiva, pelo menos, para verificar se há indícios de crime nesta matéria, quer de favorecimento, quer crimes de pressão indevida, ou de tentativa de coação sobre um órgão público”, considerou, acrescentando que pediu uma “investigação imediata do Ministério Público a este comportamento alegado do ministro”.
Questionado se o ministro Fernando Alexandre se deve demitir, André Ventura disse que é preciso aguardar por respostas e pela evolução do caso.
IL quer ouvir ministro da Educação
A IL requereu também a audição urgente no parlamento do ministro da Educação e do reitor da Universidade do Porto.
“A IL considera necessário e urgente requerer uma audição para esclarecer este assunto, que põe em causa o bom nome daquela instituição”, defende em comunicado o partido, que salienta que a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) considerou que a abertura das vagas em questão não tinha base legal.
A Iniciativa Liberal refere que, entretanto, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação divulgou um comunicado que contradiz a notícia do Expresso, “nomeadamente no que diz respeito à publicação das colocações dessas vagas adicionais pela instituição que não foram homologadas pelo reitor, o que viola o regulamento do concurso”, e no qual afasta “qualquer envolvimento” do ministro e refuta as acusações do reitor da Universidade do Porto.
Perante estas “contradições e acusações”, a IL requer a audição urgente na comissão parlamentar de Educação e Ciência do ministro da Educação, Fernando Alexandre, e do reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira.
O partido frisa que o objetivo das audições é obter esclarecimentos sobre esta situação, por “não cumprirem os regulamentos em vigor, por contrariarem o parecer da IGEC), por haver listas que não foram homologadas pelo reitor da Universidade do Porto, por levantarem suspeitas de favorecimento e por porem em causa o bom nome das instituições”.
A IL requereu também a audição urgente no parlamento do ministro da Educação e do reitor da Universidade do Porto.
“A IL considera necessário e urgente requerer uma audição para esclarecer este assunto, que põe em causa o bom nome daquela instituição”, defende em comunicado o partido, que salienta que a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) considerou que a abertura das vagas em questão não tinha base legal.
A Iniciativa Liberal refere que, entretanto, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação divulgou um comunicado que contradiz a notícia do Expresso, “nomeadamente no que diz respeito à publicação das colocações dessas vagas adicionais pela instituição que não foram homologadas pelo reitor, o que viola o regulamento do concurso”, e no qual afasta “qualquer envolvimento” do ministro e refuta as acusações do reitor da Universidade do Porto.
Perante estas “contradições e acusações”, a IL requer a audição urgente na comissão parlamentar de Educação e Ciência do ministro da Educação, Fernando Alexandre, e do reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira.
O partido frisa que o objetivo das audições é obter esclarecimentos sobre esta situação, por “não cumprirem os regulamentos em vigor, por contrariarem o parecer da IGEC), por haver listas que não foram homologadas pelo reitor da Universidade do Porto, por levantarem suspeitas de favorecimento e por porem em causa o bom nome das instituições”.
PSD pede audição urgente de ministro da Educação e de reitor do Porto
O PSD, partido que constitui o Governo, pediu também a audição parlamentar urgente do ministro da Educação e do reitor da Universidade do Porto para prestarem esclarecimentos sobre alegadas pressões.
Apesar deste pedido de audição, o PSD refuta no requerimento qualquer pressão, considerando que "o ministro da Educação, Ciência e Inovação nunca pressionou, de forma alguma, o Reitor a admitir aqueles candidatos de forma irregular, nem sugeriu qualquer solução que violasse o enquadramento legal em vigor".
O Grupo Parlamentar do PSD requer a "audição urgente" do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e do reitor da Universidade do Porto, que identifica também como "membro do conselho estratégico do Partido Socialista", António Sousa Pereira. O PSD requer ainda a audição do diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Altamiro da Costa-Pereira.
O objetivo é "prestarem esclarecimentos sobre o processo do Concurso Especial para Acesso a Medicina por Licenciados da Universidade do Porto para o ano letivo 2025/2026".
PS pede audição de reitor
De manhã, o Partido Socialista a audição parlamentar urgente do reitor da Universidade do Porto sobre as alegadas pressões para admitir a entrada em Medicina de alunos sem a classificação mínima, considerando que o ministério não esclareceu tudo.
“Aquilo que as notícias publicadas hoje nos permitem perceber, por palavras do reitor da Universidade do Porto, é que houve pressões para fazer entrar na faculdade de Medicina umas dezenas de alunos que não tinham obtido a classificação mínima na prova do respetivo concurso e que o senhor ministro da Educação poderia ter estado disposto a proceder nesse caso de modo não conforme ao quadro legal para acesso ao Ensino Superior”, afirmou, à Lusa, o deputado do PS Porfírio Silva.
Para o deputado do PS, “o país precisa de ter confiança nas instituições e no cumprimento das regras de acesso ao Ensino Superior” e é preciso esclarecer esta situação, motivo pelo qual o PS deu entrada deste requerimento com caráter de urgência. Porfírio Silva quer que António Sousa Pereira explique “de viva voz e com os detalhes necessários tudo aquilo que se passou” neste caso hoje noticiado pelo Expresso.
“Não nos parece que a nota do Ministério da Educação esclareça toda a situação. Também não fazemos processo de intenção e portanto não vamos chamar mais ninguém antes de ouvir a pessoa que fez estas declarações”, explicou.
O socialista espera que na próxima terça-feira seja votado este requerimento em comissão para que se possa ter rapidamente estes esclarecimentos.
Entretanto, o Bloco de Esquerda pronunciou-se por comunicado manifestando que quer esclarecimentos tanto do ministro como do reitor.
O PSD, partido que constitui o Governo, pediu também a audição parlamentar urgente do ministro da Educação e do reitor da Universidade do Porto para prestarem esclarecimentos sobre alegadas pressões.
Apesar deste pedido de audição, o PSD refuta no requerimento qualquer pressão, considerando que "o ministro da Educação, Ciência e Inovação nunca pressionou, de forma alguma, o Reitor a admitir aqueles candidatos de forma irregular, nem sugeriu qualquer solução que violasse o enquadramento legal em vigor".
O Grupo Parlamentar do PSD requer a "audição urgente" do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e do reitor da Universidade do Porto, que identifica também como "membro do conselho estratégico do Partido Socialista", António Sousa Pereira. O PSD requer ainda a audição do diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Altamiro da Costa-Pereira.
O objetivo é "prestarem esclarecimentos sobre o processo do Concurso Especial para Acesso a Medicina por Licenciados da Universidade do Porto para o ano letivo 2025/2026".
PS pede audição de reitor
De manhã, o Partido Socialista a audição parlamentar urgente do reitor da Universidade do Porto sobre as alegadas pressões para admitir a entrada em Medicina de alunos sem a classificação mínima, considerando que o ministério não esclareceu tudo.
“Aquilo que as notícias publicadas hoje nos permitem perceber, por palavras do reitor da Universidade do Porto, é que houve pressões para fazer entrar na faculdade de Medicina umas dezenas de alunos que não tinham obtido a classificação mínima na prova do respetivo concurso e que o senhor ministro da Educação poderia ter estado disposto a proceder nesse caso de modo não conforme ao quadro legal para acesso ao Ensino Superior”, afirmou, à Lusa, o deputado do PS Porfírio Silva.
Para o deputado do PS, “o país precisa de ter confiança nas instituições e no cumprimento das regras de acesso ao Ensino Superior” e é preciso esclarecer esta situação, motivo pelo qual o PS deu entrada deste requerimento com caráter de urgência. Porfírio Silva quer que António Sousa Pereira explique “de viva voz e com os detalhes necessários tudo aquilo que se passou” neste caso hoje noticiado pelo Expresso.
“Não nos parece que a nota do Ministério da Educação esclareça toda a situação. Também não fazemos processo de intenção e portanto não vamos chamar mais ninguém antes de ouvir a pessoa que fez estas declarações”, explicou.
O socialista espera que na próxima terça-feira seja votado este requerimento em comissão para que se possa ter rapidamente estes esclarecimentos.
Entretanto, o Bloco de Esquerda pronunciou-se por comunicado manifestando que quer esclarecimentos tanto do ministro como do reitor.