Sem adiantar a relação de parentesco, a PJ conclui, em comunicado, que o arguido tinha "desavenças com a vítima, um homem de 49 anos e, num acesso de fúria, esfaqueou aquele no interior da sua residência, provocando-lhe a morte".

O comunicado divulgado pela PJ explica ainda que o jovem "retirou alguns bens existentes na casa e, utilizando um produto acelerante de combustão, incendiou o quarto onde se encontrava o cadáver".

O jovem, estudante universitário, vai ser presente a um juiz que lhe aplicará as medidas de coação adequadas.

O crime ocorreu na quarta-feira e a vítima, Manuel Cadilhe, foi encontrada no interior da sua habitação com "várias facadas e amordaçado com uma peça de roupa", disse à Lusa fonte ligada aos bombeiros locais, que estiveram no local do crime.

A cama estava queimada e a PJ suspeita que o incêndio poderá ter sido motivado por uma tentativa de apagar provas.

Foi cerca das 08:30, altura em que um dos vizinhos terá visto sinais de "fuligem" numa das persianas da casa, que foi dado o alerta.

Quando os bombeiros chegaram ao local, o empresário, radicado em Angola há mais de 20 anos, já estava morto.

A vítima "estava caída no chão e o fogo queimou a cama e parte do quarto", não se propagando para outras zonas da casa, disse ainda a mesma fonte dos bombeiros.

Manuel Cadilhe tinha chegado na terça-feira a Portugal, vindo de Luanda, onde tinha uma empresa de construção civil.

Conhecido por ser campeão de póquer, Manuel Cadilhe deveria regressar a Angola no próximo fim de semana.

A Lusa falou, entretanto, com José Cadilhe, irmão da vítima, mas este recusou falar sobre a detenção do jovem, remetendo todos os esclarecimentos para a Polícia Judiciária.

O funeral de Manuel Cadilhe realiza-se no sábado, às 10:30, na igreja da Misericórdia, na Póvoa de Varzim.