Fogo em Torres Novas mobilizava mais de cem operacionais às 00h00

por Lusa

Mais de cem operacionais combatiam às 00:30 de hoje um incêndio em Vale da Serra, Torres Novas, no distrito de Santarém, o único fogo ativo em Portugal continental que mobilizava meios significativos, segundo a Proteção Civil.

De acordo com a informação disponível às 00:30 no `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), registavam-se cinco fogos ativos, que mobilizavam 140 operacionais apoiados por 37 viaturas.

O alerta para o fogo em Vale da Serra, Torres Novas, foi dado pelas 22:46 de sexta-feira e no local encontravam-se, pelas 00:30, 101 operacionais, com 27 meios terrestres.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém explicou à Lusa que o fogo lavra em zona de mato de difíceis acessos, sem adiantar mais detalhes.

O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Revel, Vila Pouca de Aguiar, apesar de dominado desde as 21:30 de sexta-feira, continuava a mobilizar o maior número de operacionais no terreno, com 301 bombeiros apoiados por 89 viaturas.

Neste fogo, que motivou as maiores preocupações nos últimos dias, durante a noite haverá reposicionamento de meios e será mantida uma "presença massiva" de homens em operações de consolidação, rescaldo e vigilância" e no sábado manter-se-á também uma "presença bastante forte de operacionais" para prevenir reativações, segundo o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real (CODIS), Miguel Fonseca.

Segundo a autarquia, Vila Pouca de Aguiar perdeu cerca de 4.000 hectares de pinhal, mato e culturas agrícolas nos dois grandes incêndios que lavraram no concelho nas duas últimas semanas, com um prejuízo financeiro elevado para as populações locais.

Os restantes fogos ativos pelas 00:30, nos distritos de Aveiro e Porto, mobilizavam ainda poucos meios.

No terreno em incêndios em fase de rescaldo ou já extintos estavam mobilizados 613 bombeiros, apoiados por 178 viaturas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) lançou hoje um aviso à população para o perigo de incêndios até segunda-feira, devido às temperaturas altas previstas e graus de humidade baixos, apelando para comportamentos preventivos.

A Proteção Civil refere, em comunicado, que de acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), está prevista a continuação do tempo quente e seco até à próxima segunda-feira (01 de agosto), com tempo seco, valores baixos de humidade relativa no interior e na região Sul durante as tardes, e com fraca recuperação noturna nas regiões do interior e no Algarve, (com diminuição da humidade relativa durante a tarde e a noite nos próximos dias).

A ANEPC alerta igualmente para "temperaturas máximas a contribuir para onda de calor, especialmente no interior Norte e Centro" e "vento a predominar de norte/noroeste, por vezes forte na faixa costeira ocidental e nas terras altas", estando também prevista uma rotação do vento para este/nordeste, no interior Norte e Centro, com enfraquecimento no litoral oeste.

Face a estas condições atmosféricas, existe "perigo de incêndio rural muito elevado a máximo na maior parte do território", avisa a Proteção Civil.

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