Força Aérea preocupada com atrasos das OGMA nos trabalhos de modernização dos aviões

O general Luís Araújo, chefe do Estado-Maior da Força Aérea, manifestou-se hoje preocupado com os atrasos das Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA) na modernização dos F16, que pode pôr em causa o programa de actualização das aeronaves.

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"Têm havido atrasos que não têm sido mais significativos porque a nós, Força Aérea, temos feito um esforço para os corrigir", afirmou o general, que hoje esteve presente da Base Aérea de Monte Real para uma cerimónia de mudança de comando.

"A OGMA tem problemas graves que têm a ver com a contratação de pessoal civil qualificado para trabalhar nos aviões" o que pode colocar em causa o programa de modernização dos aviões F16, explicou o oficial, salientando que os prazos terminam em 2012 mas o seu cumprimento "não depende só de nós".

"A modernização dos aviões é um programa muito complexo que nos orgulha e que tem a ver com um trabalho de elevada tecnologia" que é feito em Portugal, salientou o general.

Às OGMA cabe a responsabilidade de montagem da fuselagem dos aviões, cabendo depois aos militares da base aérea a colocação dos equipamentos electrónicos e das asas das aeronaves.

"Estamos a contar modernizar entre quatro a cinco aviões por ano" e o "objectivo é ter 33 aviões modernizados no período 2011 a 2012", um programa que está a ser prejudicado pelas dificuldades da OGMA em dar resposta a esta calendarização.

Até ao momento, a Força Aérea Portuguesa (FAP) conta com oito F16 melhorados com o programa Mid-Life Upgrade (MLU), uma actualização técnica que os coloca no topo tecnológico ao nível da generalidade dos países europeus.

Entre 01 de Novembro e 15 de Dezembro, Portugal vai assegurar a vigilância do espaço aéreo dos três países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), no âmbito de uma missão NATO, levando para lá quatro F16 e um destacamento de 70 militares portugueses.

A estes quatro aviões caberá o papel de defesa e policiamento do espaço aéreo, numa "missão de grande visibilidade" para a Força Aérea Portuguesa, que teve de adaptar os meios utilizados ao mau tempo que se espera sentir na zona neste período do ano.

"A grande característica da NATO é a solidariedade" pelo que cabe aos membros que possuem caças o papel de vigilância do espaço aéreo dos países que não têm recursos, como são os três países bálticos.

Hoje, em Monte Real, base onde estão sedeados as duas esquadras de F16, Luís Araújo presidiu à passagem de comando entre os coronéis João Cordeiro e Manuel Rolo, que assumiu funções a partir de agora.

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