Fragata portuguesa regressa em Junho ao combate à pirataria na Somália

Lisboa, 14 Abr (Lusa) - A fragata portuguesa "Corte Real", que comanda a força naval da Aliança Atlântica na operação de combate à pirataria, vai regressar em Junho às águas da Somália, após uma interrupção de cerca de dois meses para participar noutras missões.

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De acordo com fonte militar, o navio português parte no início da próxima semana juntamente com os restantes navios da NATO com destino ao Paquistão e a Singapura, onde irá "participar em exercícios conjuntos" e "testar a inter-operabilidade" com os meios navais de países situados numa região para onde a Aliança pretende alargar a sua influência.

Em Junho, a força de oito navios que compõe a "Standing NATO Maritime Group One (SNMG1)" regressa à região da Somália para prosseguir a missão de combate à pirataria.

As águas da Somália, onde está destacada a força naval da NATO, bem como de outros países, têm sido palco de intensa actividade de piratas visando navios mercantes que atravessam aquela região.

Na semana passada o cargueiro norte-americano "Maersk Alabama", transportando 232 contentores com alimentos do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, foi atacado por piratas somalis e o comandante do navio foi feito refém a bordo de um barco salva-vidas durante cinco dias, no Oceano Índico.

Richard Phillips, 53 anos, acabaria por ser libertado numa mediática operação da Marinha dos Estados Unidos durante a qual foram mortos três piratas e um outro capturado.

Esta madrugada, 22 marinheiros filipinos foram feitos reféns de piratas somalis que apresaram o cargueiro grego Irene, no Golfo de Aden.

Segunda-feira, piratas somalis apresaram dois pesqueiros egípcios no Golfo de Aden, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.

Recentemente, o Presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu um combate determinado contra a pirataria ao largo da costa africana e apelou à cooperação internacional para que os piratas sejam responsabilizados pelos "crimes".

"Quero dizer de forma muito clara que estamos determinados a travar o aumento da pirataria na região",

Portugal exerce o comando da força naval multinacional permanente da NATO por um ano, até Janeiro de 2010 - sendo a fragata portuguesa o navio-almirante da força.

A "Corte Real" é comandada pelo almirante português José Domingos Pereira da Cunha.

 

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