Fundão reforça projeto de reconversão profissional que tem apoio da Gulbenkian e IEFP

por Lusa

Fundão, Castelo Branco, 24 fev (Lusa) - A Câmara do Fundão anunciou hoje que vai reforçar a aposta no projeto de reconversão profissional "Academia de Código", iniciativa que também passou a contar com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto de Emprego e Formação Profissional. (IEFP).

"Pretendemos realizar mais nove `bootcamps`, ou seja, aumentar muito mais o número de pessoas que possam frequentar este programa", disse o presidente da Câmara, especificando que o "objetivo mínimo" é abranger pelo menos mais 200 pessoas durante os próximos três anos.

Paulo Fernandes falava no âmbito da visita de acompanhamento realizada hoje pelos novos parceiros sociais deste projeto, que visa a reconversão profissional e qualificação de pessoas das mais diferentes áreas de formação para a área da programação e código em novas tecnologias de informação.

Lançado numa cooperação entre a autarquia fundanense e uma `start-up`, o programa foi desenvolvido entre as cidades do Fundão e Lisboa. No último ano, abrangeu 60 pessoas, que foram todas integradas no mercado de trabalho. Além disso, já estão a ser realizados mais dois "bootcamps" com cerca de 20 pessoas cada.

Paulo Fernandes considerou que a integração da Fundação Calouste Gulbenkian e do IEFP enquanto entidades parceiras do projeto permite "reforçar a credibilidade do projeto".

Segundo especificou, a Gulbenkian entra como coinvestidora no projeto, estando previsto que o município e a instituição realizem um investimento inicial de 150 mil euros, cada.

Um valor que deverá ter retorno a 100%, através do programa "Portugal Inovação Social", cuja candidatura já foi realizada, contando com o selo do IEFP.

"O objetivo é contratualizarmos resultados e o resultado que foi colocado em termos de avaliação destes `bootcamps` é o de uma empregabilidade de 50%", referiu, mostrando-se convicto de que tal taxa será ultrapassada, até a julgar pela empregabilidade registadas após as primeiras formações.

Presente nesta visita, o presidente do IEFP, António Valadas da Silva, sublinhou o facto de este projeto promover a empregabilidade e mostrou-se convicto de que poderá ser "replicado" noutras zonas do país.

"Acho que esta iniciativa é muito meritória, estamos muito expectantes quanto aos resultados e considera que esta é, como se diz agora, uma parceria `win/win`", disse.

Luísa Valle, da Fundação Calouste Gulbenkian, salientou que o projeto se enquadra na missão desta instituição aos mais diferentes níveis, designadamente no domínio da proteção e inovação social.

"Nós já estivemos no projeto-piloto e percebemos que este caminho da aprendizagem do código é potencialmente muito interessante para Portugal", disse.

Esta responsável vincou ainda a importância da programação na aprendizagem, que é outra das vertentes do projeto.

Denominada "Academia de Código Júnior", essa componente já permitiu introduzir a programação em todas as escolas do primeiro ciclo do concelho, numa aposta que abrange todas as crianças do primeiro ao quarto ano de escolaridade e cujos resultados serão monitorizados pela Fundação Calouste Gulbenkian.

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