Gabrielle deverá trazer problemas ao território do Continente nos próximos dias

O Continente deverá ser afetado por mau tempo devido à passagem do ciclone tropical Gabrielle pelo arquipélago dos Açores, alerta a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) com um aviso para a possibilidade de incêndios rurais.

Paulo Alexandre Amaral - RTP /
Foto: António Araújo - Lusa

A ANEPC vem deixar o alerta após a "passagem pelo arquipélago dos Açores”: “o ciclone tropical Gabrielle deverá afetar Portugal continental nos dias 27 e 28 de setembro”.

A Proteção Civil alerta para a possibilidade de fogos rurais “face à combinação da instabilidade meteorológica trazida pelo ciclone, nomeadamente vento forte e agitação marítima, com o território quente e seco que encontrará” e apela, nesse sentido, “ao estrito cumprimento das regras de prevenção de incêndios rurais”.

De acordo com a Proteção Civil, esse perigo de incêndio rural mantém-se “Muito Elevado e Máximo nas regiões Norte, Centro e Algarve”.

A ANEPC deixa os habituais conselhos para evitar incêdios e um sublinhar da proibição de queimadas e do uso de "motorroçadoras, corta-matos e destroçadores".
Açores com 16 desalojados e 200 ocorrências
A tempestade pós tropical Gabrielle, que deixou um rasto de cerca de 200 ocorrências e 16 desalojados nos Açores está a afastar-se do arquipélago e as previsões apontam para agravamento das condições meteorológicas no continente a partir de sábado.

As autoridades previam que a tempestade Gabrielle chegasse aos Açores como furacão de categoria 1 - numa escala máxima de 5 -, mas, à medida que se aproximou das ilhas, passou para depressão pós-tropical, provocando, ainda assim, pelo menos 196 ocorrências e 16 realojamentos, avançou o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).

"Registou-se a necessidade de realojar 16 pessoas (nas ilhas Terceira, São Jorge, Pico, Faial e Graciosa), não havendo, até ao momento, registo de feridos", informou a Proteção Civil açoriana, explicando que a maioria das 196 ocorrências estava relacionada com a queda de árvores e de estruturas e danos em coberturas.

As ilhas dos grupos Central (Pico, Faial, Graciosa, Terceira e São Jorge) e Ocidental (Flores e Corvo) estiveram sob aviso vermelho (o mais grave numa escala de três), devido a precipitação, vento e agitação marítima, mas, entretanto, começaram a desativar os planos municipais de emergência.

As câmaras municipais de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, na ilha Terceira, da Horta, na ilha do Faial, da Madalena, na ilha do Pico, e das Velas, na ilha de São Jorge, informaram que desativaram os planos de emergência, entre a manhã e o início da tarde.

c/ Lusa
PUB