"Prefiro entregar a casa da presidência e evitar a construção de um prédio de 12 andares", afirmou o presidente da câmara durante a reunião de câmara.

Para Eduardo Vítor Rodrigues, a construção de uma torre de 12 andares no centro cívico "implicava destruir o espaço público".

Em causa está um contrato-promessa assinado em 1999 que previa a permuta do terreno onde atualmente se localiza a Casa da Presidência, junto à Avenida da República, por um lote no Centro Cívico onde fosse possível construir um edifício com 12 mil metros de superfície.

O contrato nunca foi registado e agora, volvidos mais de 15 anos, a sociedade detentora dos terrenos entrou em insolvência e o administrador da massa falida veio reclamar o cumprimento do contrato.

Para evitar a construção de um novo imóvel, a câmara decidiu hoje, por unanimidade, não formalizar o contrato e irá agora procurar chegar a um acordo para adquirir a Casa da Presidência que estava avaliada em 1,2 milhões de euros, um valor que Vítor Rodrigues disse não estar disponível para pagar.

Caso a câmara não consiga ficar com o edifício, o autarca adiantou que terá de ser promovida a classificação da Casa da Presidência enquanto imóvel de interesse municipal.