Galardão reconhece Maria Mota e ciência portuguesa reage investigador

por Lusa

Lisboa, 13 dez (Lusa) - O investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM) Miguel Prudêncio sublinhou hoje que a atribuição do Prémio Pessoa 2013 a Maria Manuel Mota reconhece o mérito pessoal daquela investigadora e também da ciência portuguesa.

Maria Manuel Mota, investigadora da área da imunologia, foi hoje distinguida com o Prémio Pessoa, no valor de 60.000 euros.

Contactado pela agência Lusa, Miguel Prudêncio, coordenador de um projeto de investigação da malária que está a ser realizado no IMM, e do qual Maria Manuel Mota faz parte, reagiu com entusiasmo ao anúncio do júri: "É fantástico e importantíssimo".

"Do ponto de vista do reconhecimento e da visibilidade da ciência portuguesa, é extraordinário que tenha sido atribuído a alguém que vem da ciência e trabalha nesta área", sublinhou.

Maria Manuel Mota, de 42 anos, licenciou-se na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, desenvolveu estudos sobre a malária e trabalha atualmente no IMM.

Miguel Prudêncio acrescentou que o prémio é "o reconhecimento do mérito pessoal da professora Maria Mota, mas também da ciência portuguesa no seu todo e da importância que tem na sociedade e no desenvolvimento do país".

Maria Manuel Mota "é uma cientista excecional e uma pessoa com qualidades ímpares", disse ainda o coordenador do projeto que recebeu um apoio financeiro da Fundação Bill Gates.

"Pode-se extrapolar este reconhecimento para aquilo que se evoluiu em termos da ciência portuguesa, nestes anos, à custa de investimento e de empenho no desenvolvimento de uma política de ciência que era importante salvaguardar para o futuro", defendeu o investigador do IMM.

Para Miguel Prudêncio "seria fundamental que este capital adquirido não se perdesse através de desinvestimentos ou perda de prioridade da ciência no panorama nacional".

Questionado sobre se os efeitos da crise que o país atravessa se têm refletido nesta área, o responsável declarou: "Temos que ser realistas e admitir que a ciência, como inúmeras áreas da sociedade portuguesa, tem estado a sofrer com a crise e algum tipo de políticas. Seria imperdoável para o país se o investimento que se fez e o que se conquistou fossem deitados a perder".

"Atingimos um patamar que já é reconhecido internacionalmente e a doutora Maria Mota contribuiu muito para isso", sublinhou ainda.

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