Garrafa era de lote diferente das outras encontradas no carro
A garrafa de água que terá provocado domingo a intoxicação de um homem em Estremoz é de um lote diferente das outras cinco garrafas encontradas no carro da vítima, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.
A mesma fonte explicou à Lusa que as outras cinco garrafas da mesma marca encontradas na mala do carro da vítima eram todas do mesmo lote de produção, mas a que continha o líquido ingerido pelo homem pertencia a um outro lote, de 90 dias antes.
Na manhã de domingo, um homem de Estremoz, com 59 anos, ingeriu o líquido, que supunha ser água, de uma garrafa comprada no supermercado Lidl da zona, tendo de imediato caído ao chão, a pedir socorro, revelou um taxista que presenciou o acontecimento e que levou a vítima ao centro de saúde da cidade alentejana.
De acordo com a fonte ligada ao processo, o responsável de qualidade da empresa, juntamente com funcionários, esteve hoje a analisar as garrafas em questão e apercebeu-se que a que continha o líquido ingerido pela vítima "estava muito suja" e correspondia a um lote que tinha saído para mercado há 90 dias.
A garrafa suspeita estava vazia, ou pelo líquido se ter derramado quando o homem caiu, ou por ter sido despejada, disse a fonte.
Segundo a fonte, existem "fortes indícios" de se tratar de um acto "de sabotagem" ou que a vítima tenha, por engano, consumido algum líquido que guardou na garrafa, pensando tratar-se da água que tinha comprado no supermercado.
Entretanto, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já tem em seu poder a garrafa e vai mandá-la para "análise num laboratório credenciado", disse à Lusa o seu porta-voz.
Manuel Lage explicou que a PSP enviou o processo ao Ministério Público e que este solicitou à ESAE que procedesse às análises para apurar qual a substância tóxica contida na garrafa.