País
Gerês, Tejo e Serra do Caldeirão vão ser recuperados no novo projeto nacional de Natureza
O projeto Re-Store Portugal arranca em três zonas - no norte, centro e sul do país -, que foram escolhidas pela diversidade de ecossistemas. A iniciativa da WWF Portugal quer dar avanço ao cumprimento de Portugal das metas europeias para restaurar a Natureza até 2030.
O Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Serra do Caldeirão e o Estuário do Tejo são as primeiras zonas do país a beneficiar das ações de recuperação ecológica da nova iniciativa da WWF Portugal, a Re-Store Portugal, que arranca com um investimento inicial de 1 milhão e 800 mil euros para cinco anos, até 2030.
"Queremos começar já este ano com os primeiros trabalhos no Gerês e no início de 2026 na Serra do Caldeirão", adianta Catarina Grilo, diretora de Conservação e Políticas da WWF Portugal, em entrevista à jornalista Rita Fernandes. No terreno, a equipa vai ser composta por biólogos e técnicos da WWF, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), autarquias e comunidades locais.
"Só nestas três áreas há uma enorme diversidade de ecossistemas — montanhosos, áridos e estuarinos. Do ponto de vista do restauro ecológico, faz sentido começar por territórios com características diferentes", explica Catarina Grilo.
No Gerês, as ações previstas passam por reduzir o risco de incêndio, controlando matos e promovendo o pastoreio de gado ovino e caprino para diminuir a carga combustível. Vai também haver remoção de espécies exóticas invasoras que comprometem a regeneração da flora autóctone.
Na Serra do Caldeirão, que tem um clima mais árido, a WWF quer dar continuidade a trabalhos anteriores de restauro ecológico, agora com uma nova abordagem de envolvimento local. Já no Estuário do Tejo, o foco vai ser a proteção dos cavalos-marinhos, com a colocação de estruturas artificiais que sirvam de abrigo e o mapeamento das populações existentes, sobretudo na frente ribeirinha de Almada.
A Re-Store Portugal conta já com o apoio de parceiros empresariais, entre eles o Lidl, e está aberta à contribuição de cidadãos individuais. A angariação de fundos é feita através do site restoreportugal.pt, onde qualquer pessoa pode "comprar futuro", como descreve a responsável: "O nome é um jogo de palavras — 'restore' significa restauro, mas também remete para a ideia de loja. É uma loja onde podemos comprar o futuro que queremos ver no terreno."
O projeto nacional da WWF surge para dar um avanço na conquista dos objetivos da Lei do Restauro da Natureza da União Europeia, que obriga os Estados-Membros a recuperar pelo menos 20% das áreas degradadas até ao final da década. Em Portugal, estão identificadas nove zonas prioritárias para restauro: além das três que arrancam já no terreno, seguem-se a Ria de Aveiro, Serra da Estrela, Serras de Aire e Candeeiros, Ria Formosa, Vale do Guadiana e Rio Tejo (na zona mais a montante).
"Já não basta proteger a biodiversidade que ainda temos, é preciso recuperar a que perdemos. Restaurar a natureza é investir no nosso futuro coletivo", conclui Catarina Grilo.
"Queremos começar já este ano com os primeiros trabalhos no Gerês e no início de 2026 na Serra do Caldeirão", adianta Catarina Grilo, diretora de Conservação e Políticas da WWF Portugal, em entrevista à jornalista Rita Fernandes. No terreno, a equipa vai ser composta por biólogos e técnicos da WWF, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), autarquias e comunidades locais.
"Só nestas três áreas há uma enorme diversidade de ecossistemas — montanhosos, áridos e estuarinos. Do ponto de vista do restauro ecológico, faz sentido começar por territórios com características diferentes", explica Catarina Grilo.
No Gerês, as ações previstas passam por reduzir o risco de incêndio, controlando matos e promovendo o pastoreio de gado ovino e caprino para diminuir a carga combustível. Vai também haver remoção de espécies exóticas invasoras que comprometem a regeneração da flora autóctone.
Na Serra do Caldeirão, que tem um clima mais árido, a WWF quer dar continuidade a trabalhos anteriores de restauro ecológico, agora com uma nova abordagem de envolvimento local. Já no Estuário do Tejo, o foco vai ser a proteção dos cavalos-marinhos, com a colocação de estruturas artificiais que sirvam de abrigo e o mapeamento das populações existentes, sobretudo na frente ribeirinha de Almada.
A Re-Store Portugal conta já com o apoio de parceiros empresariais, entre eles o Lidl, e está aberta à contribuição de cidadãos individuais. A angariação de fundos é feita através do site restoreportugal.pt, onde qualquer pessoa pode "comprar futuro", como descreve a responsável: "O nome é um jogo de palavras — 'restore' significa restauro, mas também remete para a ideia de loja. É uma loja onde podemos comprar o futuro que queremos ver no terreno."
O projeto nacional da WWF surge para dar um avanço na conquista dos objetivos da Lei do Restauro da Natureza da União Europeia, que obriga os Estados-Membros a recuperar pelo menos 20% das áreas degradadas até ao final da década. Em Portugal, estão identificadas nove zonas prioritárias para restauro: além das três que arrancam já no terreno, seguem-se a Ria de Aveiro, Serra da Estrela, Serras de Aire e Candeeiros, Ria Formosa, Vale do Guadiana e Rio Tejo (na zona mais a montante).
"Já não basta proteger a biodiversidade que ainda temos, é preciso recuperar a que perdemos. Restaurar a natureza é investir no nosso futuro coletivo", conclui Catarina Grilo.