Gondomar avança em 2016 com obras "urgentes" em bairro que é "perigo para a saúde"

A câmara de Gondomar vai intervir em 2016 no bairro municipal da Gandra, São Pedro da Cova, um complexo habitacional cujos moradores pediram em 2014 medidas "urgentes" para pôr fim a situações que consideram constituir "perigo para a saúde".

Lusa /

A autarquia de Gondomar estima que para fazer uma obra "total" na Gandra, o que incluiria intervenções nas fachadas, caixilharias e coberturas, precisaria de cinco a seis milhões de euros, estando à procura de financiamento para a empreitada mas avançará "pelo menos no que é mais urgente", ou seja a parte da cobertura que deverá rondar 25% desse valor.

Esta garantia foi dada hoje pelo presidente da câmara de Gondomar, Marco Martins, no final de uma reunião descentralizada de vereação que decorreu exatamente em São Pedro da Cova, local onde a 12 de novembro do ano passado, numa sessão semelhante, cerca de uma dezena de moradores da Gandra foram apelar a obras "urgentes".

"Telhados que permitem a introdução de águas da chuva, porque para além de terem telhas partidas têm as traves mestras rachadas" foi um dos problemas apontados à época, tendo Marco Martins explicado que não poderia avançar com obras em 2015 mas tentaria em 2016.

"O que no ano passado disse é que seria muito difícil fazer uma intervenção em 2015 e que queria fazê-la em 2016 e neste momento estamos no terreno a fazer levantamento, a preparar um projeto para fazer orçamentação", disse hoje Marco Martins.

O autarca recordou que a zona onde fica o bairro da Gandra - um equipamento com mais de 280 habitações - foi incluída na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de São Pedro da Cova de forma a poder candidatar-se a financiamento, mas "com financiamento ou sem financiamento" a câmara "avança", garantiu, podendo a intervenção "ser maior ou menor" em função da verba disponível.

Confirmando que o bairro se encontra "em condições muito degradadas" e questionado sobre quando estima ter obra no terreno, o autarca apontou o verão do próximo ano.

Recorde-se que para o mesmo local, o executivo anterior ao PS de Marco Martins chegou a ter uma solução que passava pela demolição e reconstrução do bairro, algo que o atual presidente da câmara diz estar "completamente fora de hipótese".

A propósito de obras em complexos habitacionais, Marco Martins enumerou intervenções recentes em S. Cosme, Melres, Jovim e uma parte de Carreiros. Atualmente decorrem obras no Monte Crasto e para 2016 a câmara estima avançar nas Areias, freguesia de Rio Tinto.

Na reunião de hoje também foi dado a conhecer que o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Gondomar, que estava em elaboração desde 2008, foi aprovado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Gondomar, concelho do distrito do Porto, passa a ter planos de intervenção para incêndios urbanos, incêndios florestais, cheias, inundações, acidentes químicos e tecnológicos.

"Isto significa responsabilizar todos os agentes de Proteção Civil e as pessoas e definir quem faz o quê em determinada situação. Também nos permite em caso de necessidade acionar fundos de emergência. Esperemos que isso nunca seja preciso, mas se algum dia isso acontecer, não será pela falta do instrumento legal em vigor", disse Marco Martins.

Marco Martins realçou "a colaboração total de todos os agentes envolvidos" referindo-se às Juntas de Freguesia, às corporações de bombeiros, autoridades de saúde e forças de segurança.

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