O coordenador do grupo de trabalho da vacinação em Portugal, o vice-almirante Gouveia e Melo, prevê que dentro de um mês e meio a população portuguesa tenha alcançado uma "grande proteção".
Para a próxima semana está previsto "começar a vacinar mais de 100 mil pessoas por dia", "caso não haja contratempos na entrega das vacinas", acrescentou.
O grupo de trabalho também já ultimou um mecanismo que irá possibilitar aos médicos assistentes indicar doentes graves, a partir dos 16 anos ou em tratamento hospitalar, para vacinação prioritária.
"Vamos pedir que sejam indicadas pelos seus médicos assistentes", para justificar a "prioridade", indicou Gouveia e Melo.
Esse agendamento poderá também ser acionado a partir da próxima semana.
Até agora, 25 por cento da população portuguesa recebeu a primeira dose da vacina e nove por cento tem as doses completas.
O coordenador revelou que, entre as mais de duas mil doses administradas da vacina da Johnson&Johnson ainda não se detetaram casos de reações adversas, em Portugal.
Sobre a ocorrência de filas nos centros de vacinação devido à duplicação de agendamentos por via central e via eletrónica, o vice-almirante lamentou e admitiu "uma falha". Lembrou contudo que "o processo é complexo".
"Queremos um sistema perfeito mas nem sempre conseguimos", reconheceu.