A autorização conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério das Finanças prevê a contratação destes 850 profissionais por tempo indeterminado, dando resposta às necessidades normais do SNS e às necessidades sazonais do período de inverno e ao surgimento de síndromas gripais e respiratórios.
De acordo com uma nota divulgada pelo Ministério da Saúde, os profissionais destinam-se aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde e vão satisfazer necessidades permanentes, mas também necessidades sazonais relacionadas com o período gripal.
“Os hospitais vão iniciar de imediato os procedimentos necessários à celebração de contrato, constituindo este o primeiro reforço de recursos humanos para 2019”, refere a nota enviada às redações.
Os sindicatos de enfermeiros, ouvidos pela RTP, aplaudem a medida, apesar de a considerarem insuficiente.
José Carlos Martins, presidente do SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, lembra que apenas para repôr o regresso às 35 horas de trabalho semanais, seriam precisos mil enfermeiros, o dobro do agora anunciado.
De qualquer modo, os sindicatos admitem que esta é uma aproximação do Governo às negociações com os enfermeiros. Nesta última sexta-feira houve mais uma reunião entre sindicatos e Ministério da Saúde, em que houve maior convergência, sem ser atingido um acordo. Os enfermeiros continuam com a hipótese de avançar para mais greves em cima da mesa.
Necessidades sazonais
O anunciado reforço de profissionais de saúde, visa ajudar a ultrapassar as dificuldades nas urgências que surge de braço dado com o tempo frio todos os anos. Espera-se que as contratações possam avançar já este mês.
A Direção Geral de Saúde revelou ontem que Portugal poderá enfrentar uma epidemia de gripe a partir da próxima semana, considerando que, por agora, os serviços estão dentro da normalidade.
O frio tem aumentado a pressão sobre os serviços de saúde e a descida das temperaturas poderá fazer aumentar o número de casos de síndromes respiratórios.
Na Madeira, as urgências têm registado um aumento da procura. as últimas 24 horas, mais de 400 pessoas terão recorrido ao serviço de urgência do hospital e não faltam queixas dos doentes.
O governo regional da Madeira vai reforçar as equipas nas urgências hospitalares.