Governo com "confiança absoluta" na resposta das polícias contra crimes graves
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, transmitiu hoje "confiança absoluta" na resposta das forças e serviços de segurança face aos recentes fenómenos de criminalidade grave ocorridos em Portugal, advogando que a situação no país está "dominada".
As palavras do titular da pasta da Administração Interna foram proferidas em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros.
"A actual situação é dominada pelas forças e pelos serviços de segurança. A criminalidade desceu no primeiro semestre deste ano, mas o Governo acompanha com toda a atenção, solidariedade com as vítimas e condenação veemente dos criminosos os recentes crimes graves e violentos", declarou Rui Pereira no final do Conselho de Ministros.
Numa referência indirecta a casos como os recentes homicídios na noite do Porto e assaltos a instituições bancárias, o ministro da Administração Interna declarou não ter dúvidas na capacidade das forças de segurança para "apanhar os culpados e entregá-los à justiça".
Ao nível estritamente político, o ministro aproveitou também para deixar uma mensagem sobre futuras iniciativas legislativas do executivo.
"A reforma da segurança interna prossegue. No fim do ano tencionamos concluí-la com a apresentação em Setembro das propostas de revisão das leis de organização da investigação criminal e da segurança interna", acrescentou.
Segundo os dados apresentados pelo ministro da Administração Interna na conferência de imprensa, no primeiro semestre do corrente ano, verificou-se que a criminalidade em geral desceu 3,5 por cento, tendo também baixado a criminalidade violenta e grave (menos 16,2 por cento), assaltos a bancos (menos 24,6 por cento) e homicídios (menos 29,1 por cento).
"Mas estes números não nos dão vontade de descansar, porque cada crime é um crime a mais. Nos últimos dias temos assistido a alguns crimes violentos que o Governo acompanha com a maior atenção", observou o titular da pasta da Administração Interna.
Rui Pereira manifestou depois "confiança nas forças e nos serviços de segurança", numa alusão aos recentes fenómenos de criminalidade, quer na noite do Porto quer ao nível de assaltos a instituições bancárias.
"A PSP, a GNR, a PJ e o Gabinete de Coordenação e Segurança, no âmbito das suas competências, têm acompanhado diariamente a situação de segurança interna e têm desenvolvido todos os esforços para perseguirem e entregarem os criminosos à justiça. O Governo confia em absoluto nas forças e nos serviços de segurança", frisou o ministro da Administração Interna.
Neste contexto, o ministro da Administração Interna referiu-se às medidas que o executivo tem tomado no âmbito da reforma do sistema de segurança interna "e que continuarão a ser tomadas até ao final do ano".
Rui Pereira começou por apontar que a nova lei de programação das forças de segurança (planificação a cinco anos, até 2012) permitirá um aumento dos investimentos na ordem dos 105 por cento em termos de investimento.
"A PSP e a GNR foram também apetrechadas com 50 mil armas de nove milímetros, que permitirão maior eficácia no combate à criminalidade grave e organizada. Por outro lado, tal como estava programado, até ao fim de Setembro, serão apresentadas as novas leis de organização da investigação criminal e de segurança interna - leis que serão instrumentos políticos essenciais para melhorar a acção das forças de segurança", sustentou o ministro.
De acordo com Rui Pereira, nessas duas futuras propostas de lei prevê-se "o reforço da troca de informações entre todas as forças e serviços de segurança e uma coordenação entre todos os órgãos de polícia criminal (tenham eles competência exclusiva, genérica ou específica).
O ministro declarou ainda que as duas propostas irão a criar um conselho coordenador de investigação criminal e um secretário-geral com poderes reforçados para articular a competência dos serviços e das forças de segurança no combate à criminalidade grave e organizada e na prevenção do terrorismo".