O aluguer dos 10 aparelhos de substituição vai custar no total do mês de Junho 1.924.989 euros, incluindo manutenção e 50 horas de voo.

De acordo com fontes governamentais, grande parte desta verba paga pelo Estado será mais tarde reembolsada pela empresa Heliportugal, que venceu o concurso para fornecimento de seis KAMOV 32A11BC e quatro Ecureil AS-350 B3 e a quem o Estado culpa pelos atrasos na entrega de dez aparelhos.

A Heliportugal, no entanto, apenas assume o atraso de um helicóptero pesado Kamov e um Ecureil que já se encontra em Portugal, na base de Tires, pintado com as cores amarela e encarnada e matricula civil CS-HMG.

A fonte da Protecção Civil disse que foram quatro as empresas que alugaram meios aéreos ao estado para suprir os helicópteros em falta, entre as quais a Helibravo, que receberá 631.620 euros por três helicópteros, a Aeronorte (296.450 por dois aparelhos) e a Helisul (154.275 euros por um helicóptero alugado).

A quarta empresa, e a que receberá a maior fatia, é a própria Heliportugal (a quem o Estado responsabiliza pelos atrasos), que receberá 842.644 euros por alugar quatro helicópteros.

As empresas Heliportugal, Helisul e Aeronorte recusaram-se a prestar declarações, alegando que estão proibidos pela tutela (através de uma cláusula de confidencialidade nos contratos) de revelar pormenores do negócio.

A adjudicação dos 10 meios aéreos, directa e sem concurso público por decisão do MAI, foi comunicada via fax ao final da tarde de 23 de Maio às empresas envolvidas, com a atribuição dos helicópteros a diferentes fornecedores.

A locação dos meios foi decidida a 10 de Maio, "por se terem verificado atrasos e incumprimentos na entrega de helicópteros adquiridos pelo Estado", indicava numa nota à Lusa o gabinete do ministro.

O pedido para os 10 helicópteros em regime de aluguer, foi emitido pelo ministério, através da Direcção Geral de Infra-estruturas e equipamentos dia 24 de Maio à tarde, a empresas que prestam serviços aéreos.

O período de aluguer dos 10 helicópteros para combate a incêndios florestais decorre em todo o mês de Junho, com 50 horas incluídas, e pode-se estender por períodos de duas semanas.

O pedido de proposta às empresas contempla helicópteros ligeiros com capacidade para até cinco pessoas e máximo de 800 litros de transporte de água ou médios com capacidade até nove pessoas e 1000 litros.

As condições de fornecimento de serviços das aeronaves, são semelhantes às estipuladas no concurso 03/CPI/2007, que serviu de base à contratação dos dois helicópteros já a operar desde 28 de Maio em Fafe e Vidago.

O concurso 03/CPI/2007 foi lançado já este ano e previa a contratação de aluguer por um período de 306 dias, em duas modalidades de operação, com 510 horas de voo e a outra sem horas limites de voo.