A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) avançou que mais de 90 por cento das reuniões de avaliação que estavam previstas para esta segunda-feira de manhã não se realizaram devido à greve. Estes dados não incluem as reuniões das escolas secundárias, que apenas se realizam durante tarde.
Os professores de todo o país começaram hoje uma greve às avaliações para exigir a contagem do tempo de serviço congelado, que se prolongará pelo menos até ao final deste e mês e poderá estender-se até meio de julho.
Vânia Correia, Liliana Abreu Guimarães, Pedro Rothes, Rui Rufino - RTP
A paralisação que agora se inicia irá realizar-se de forma intermitente, ou seja, com pré-avisos diários, o que significa que os professores podem decidir fazer greve num dia e não noutro.
Com a greve, os professores pretendem obter a recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias do tempo de serviço. Outro objetivo é conseguir a criação de um regime especial de aposentação, horários de trabalho de 35 horas e a resolução do "problema grave" de precariedade que afeta os docentes.
O Ministério da Educação tentou, ainda durante a greve convocada isoladamente pelo Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.), condicionar os efeitos práticos deste tipo de greve, distribuindo às escolas orientações que procuravam esvaziar a paralisação que decorreu entre 4 e 15 de junho. Os sindicatos contestaram esta medida, acusando a tutela de cometer uma ilegalidade e de violar o direito à greve.
c/ Lusa