CGTP estima que mais de três milhões de trabalhadores aderiram à greve geral

O Secretário Geral da CGTP estima que a greve está a ter um impacto forte no país, incluindo no sector privado. Depois de o Governo ter falado numa greve "inexpressiva" Tiago Oliveira estima uma adesão acima de 3 milhões de trabalhadores.

RTP /
Foto: Carla Quirino -RTP

Em conferência de imprensa o líder da Central Sindical revelou que "a greve geral que hoje se está a realizar é uma das maiores de sempre, se não, a maior de sempre".

Para o sindicalista este é um sinal de uma "força inequívoca pela exigência de mais salários e mais direitos. Hoje temos uma grande, grande, grande greve", rematou.

A CGTP já tinha feito um balanço esta manhã onde destacou o encerramento de vários serviços, que abrangem autarquias, escolas, serviços de saúde e empresas.

Esta manhã o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira sublinhou que esta greve "é um verdadeiro sucesso, uma verdadeira resposta dos trabalhadores a esta agressão do governo para com o mundo do trabalho".

No aeroporto de Lisboa o líder da CGTP apelou novamente ao governo de Luís Montenegro para "retirar o pacote laboral" de cima da mesa.

"A adesão nos aeroportos em Lisboa, no Porto, em Faro e nas ilhas, é de 90 por cento, o que representa uma verdadeira resposta ao ataque do Governo."


Tiago Oliveira adianta que no sector privado a adesão à greve "é histórica". "Basta olhar para a cidade de Lisboa hoje, é uma cidade completamente despida".

A poucos metros de distância à porta do aeroporto de Lisboa Mário Mourão, o líder da UGT diz que "a greve está a ter resultados muito positivos, acima daquilo que era a expectativa que nós tínhamos. Espero que o governo esteja atento a estes sinais".

Mário Mourão lembrou que a UGT esteve sentada à mesa desde o verão e "quando as coisas não funcionam" a greve era o único caminho.

"Há sectores que estão acima dos 90 por cento de adesão à greve" e isso deve ser um aviso, sublinha.

A greve geral de 11 de dezembro foi convocada pela CGTP e pela UGT contra a proposta de revisão do Código do Trabalho e será a primeira paralisação conjunta das duas centrais desde junho de 2013, quando Portugal estava sob intervenção da 'troika'.






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